O déficit é 45% menor que o registrado no mesmo mês em 2024; a entrada líquida de investimento no país também recuou na comparação anual
As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 2,24 bilhões em março, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 28, no relatório Estatísticas do Setor Externo. O valor é 45,1% menor que o registrado no mesmo mês de 2024, quando totalizou US$ 4,09 bilhões.
As transações correntes do setor externo consistem nas operações financeiras do país com o exterior. São contabilizados o saldo da balança comercial — exportações e importações —, os serviços contratados por brasileiros no exterior e as transferências de renda para outros países, como remessas de juros, lucros e dividendos.

Em março, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 7,64 bilhões, que supera em US$ 1,29 bilhão o resultado do mesmo mês em 2024. A renda primária registrou déficit de US$ 5,78 bilhões, inferior aos US$ 6,68 bilhões de março do ano passado.
Já o déficit da conta de serviços aumentou na comparação anual, de US$ 3,89 bilhões em março de 2024 para US$ 4,35 bilhões neste ano.
O saldo negativo em transações correntes somou US$ 68,5 bilhões no acumulado de 12 meses, o equivalente a 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB). O déficit havia sido de US$ 70,3 bilhões em fevereiro, ou 3,28% do PIB, e US$ 26,3 bilhões em março de 2024, ou 1,17% do PIB.

Investimento no país compensa déficit, mas cai na comparação anual
O déficit externo de US$ 2,24 bilhões em março foi compensado pela entrada líquida de US$ 5,99 bilhões em Investimento Direto no País (IDP). No entanto, o IDP caiu 41,5% em comparação a março de 2024, quando somou US$ 10,24 bilhões.
Crédito Revista Oeste