Côrtes diz que não autorizaria impeachment de Lula sem aval de Motta

Como vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes terá o comando da Casa sempre que Hugo Motta se ausentar

Novo primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou à CNN que não autorizaria o início do processo de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sozinho, sem aval do novo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Pela posição que agora ocupa na Mesa Diretora, Côrtes terá o comando da Casa sempre que houver ausência de Motta. Perguntado sobre a possibilidade de aproveitar estes momentos para deliberar sobre o impeachment de Lula, Cortes respondeu que é leal a Motta e à institucionalidade do cargo, apesar de integrar o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, de oposição a Lula.

“A lealdade ao presidente Hugo Motta e à amizade, e o comportamento institucional é uma coisa que sempre tem que prevalecer. Agora, eu tenho meu lado político. Tenho minhas bandeiras políticas. Nós vamos construir tudo o que for de bom para o nosso partido respeitando a lealdade e a institucionalidade do cargo”, disse à CNN durante festa pela eleição de Motta, que ocorreu na noite deste sábado (1), em Brasília.

“Na realidade, o PL faz parte da Mesa. Nós vamos estar sob o comando do Hugo Motta para tocar o que for importante para o Brasil”, pontuou.

A escolha de Motta uniu políticos tanto do PT de Lula, quanto do PL de Bolsonaro. Apesar da disputa eleitoral que se avizinha, os dois partidos têm mantido bom relacionamento quanto a questões internas da Casa.

Côrtes atribuiu o entendimento entre integrantes dos partidos à articulação de Arthur Lira (PP-AL), que encerra o período de quatro anos na presidência da Câmara.

“A grande maestria do presidente Arthur Lira de conseguir construir a unidade em torno do nome do presidente Hugo Motta, que foi consagrado nessa super votação. O espírito de todos é de muito entusiasmo para presidência do Hugo Motta. Obviamente, cada um de nós temos nossas bandeiras e o lado político. Mas hoje o que nos une é a força da Câmara, pra gente construir com os outros poderes o que o Brasil precisa”, explicou.

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