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Cuba paralisa trabalhos estatais não essenciais devido a crise energética

O regime de Cuba paralisou na sexta-feira (18) atividades trabalhistas estatais não essenciais como parte das medidas anunciadas no dia anterior para enfrentar a atual crise energética no país.

A decisão, que afeta desde a agenda de ministros até escolas, entrou em vigor após uma pane em uma importante usina de energia que causou um grande apagão no país.

Segundo a estatal Unión Eléctrica (UNE), ligada ao Ministério de Energia e Minas (Minem), há um processo de restauração “incipiente” para restabelecer gradualmente o fornecimento.

O Ministério da Educação anunciou a suspensão das atividades hoje em todos os níveis escolares, e outros órgãos estatais, como o Ministério das Relações Exteriores, também cancelaram reuniões.

O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, anunciou ontem, durante um incomum pronunciamento na televisão estatal, que em vista da atual contingência energética, foi aprovada uma instrução governamental que estabelece a suspensão de atividades econômicas e de trabalho não essenciais e impõe trabalho remoto sempre que possível.

“Nessa situação que se agravou nos últimos dias, foram emitidas instruções adicionais para paralisar todas as atividades de trabalho do Estado que não sejam estritamente essenciais”, disse Marrero.

Ele também informou que isso inclui a desconexão geral de instalações vazias e o desligamento de equipamentos de alto consumo de energia, como geladeiras, fornos e refrigeradores durante os horários de pico.

A crise energética em Cuba teve na última semana o maior número de apagões até agora neste ano, com quase 51% do país sofrendo apagões simultâneos, de acordo com a Unión Eléctrica (UNE).

Isso significa que os cortes de energia afetaram mais da metade da ilha simultaneamente, causando apagões de até 20 horas por dia em algumas províncias.

O sistema elétrico cubano encontra-se em estado muito precário por conta das frequentes avarias nas unidades de produção das sete usinas termelétricas, que estão obsoletas devido a mais de quatro décadas de uso e à falta crônica de investimentos e manutenção, além do déficit de combustível importado (diesel e óleo combustível) e da escassez de moeda estrangeira.

Os apagões são comuns há anos, mas desde o final de agosto a situação se agravou para níveis semelhantes aos piores momentos, como no início deste ano e em julho e agosto de 2021 e 2022.

O regime cubano alugou várias usinas flutuantes nos últimos anos para enfrentar a falta de capacidade de geração.

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