A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) usou a tribuna do Senado, nesta terça-feira (12), para defender medidas contra a “adultização” de crianças na internet. Ela fez referência às denúncias feitas pelo influenciador Felca e acusou o governo federal de tentar usar o tema para avançar na regulamentação da internet.
No mesmo dia, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que enviará ao Congresso um projeto para regular a internet e fiscalizar plataformas digitais. Em resposta, Damares afirmou: “Eu não vou permitir que pessoas que já estiveram no poder e que, em seus governos, erotizaram criança, até por meio de política pública, agora posem de boazinhas e mandem para o Congresso Nacional uma proposta para regulamentar a internet. Não vou. Nós não vamos permitir que ninguém surfe nessa onda”.
A parlamentar disse que, ao longo da vida pública, fez diversas denúncias sobre erotização e exploração sexual de crianças, citando o caso da Ilha de Marajó. Ela elogiou o influenciador Felca, afirmando acreditar que ele agiu “por amor à criança” e destacou que muitas pessoas compartilharam o vídeo com a mesma motivação.
Senadora diz que governo quer silenciar oposição com regulamentação da internet
No discurso, Damares alertou para o que considera uma tentativa de silenciar opositores. “Cuidado! Não vamos nos enganar! Vão aproveitar essa onda para impor ao Brasil uma regulamentação que vai silenciar muita gente, inclusive eu.”
A senadora criticou o que chamou de omissão passada. “Então, atenção: não venham posar de defensores da infância quem há anos fechou os olhos para a erotização da criança. Não venham aqui posar de bonitos vocês que estão mandando dinheiro para programas culturais que erotizam criança. Não venham posar de defensores da infância para, em nome de criança, querer regulamentar a internet.”
Nas redes sociais, Damares publicou trecho do discurso e reiterou o posicionamento. “Olha o que fez o vídeo do Felca. A esquerda há décadas trata a erotização de criança como pauta de costume, como pauta religiosa. Nunca se importaram. Pelo contrário, há parlamentares que enviam emenda para financiar projetos culturais que sexualizam adolescentes. Agora posam de defensores da infância, mas com o objetivo macabro de censurar a direita na internet. Não vamos permitir.”
