O Departamento de Justiça não entregou as transcrições ou gravações de áudio da entrevista do Conselheiro Especial Robert Hur com o Presidente Biden, apesar de uma intimação solicitando que fossem fornecidas até quinta-feira, 7 de março, afirma o Comitê Judiciário da Câmara.
O desdobramento ocorre após os republicanos, que lideram uma investigação de impeachment sobre o uso indevido de documentos confidenciais pelo presidente, terem enviado uma carta ao procurador-geral Merrick Garland em fevereiro, informando-o sobre a intimação.
“Recebemos uma pequena quantidade de documentos do DOJ, mas não as transcrições ou áudio que precisávamos e solicitamos”, afirmou o porta-voz do Comitê Judiciário da Câmara, Russel Dye, nessa sexta-feira. “Nossa equipe possui todas as autorizações necessárias para revisar o conteúdo da entrevista do presidente, que abordou materiais encontrados em áreas não seguras, como garagens, armários e escritórios comerciais. Estamos avaliando os próximos passos.”
Uma fonte familiarizada com a intimação disse, no final do mês passado, que o prazo para entrega dos materiais era 7 de março às 9h horário do leste dos EUA.
Um porta-voz do Departamento de Justiça disse na quinta-feira que “o Departamento entrou em contato com os Comitês e espera responder às suas intimações hoje”.
Na carta enviada a Garland em fevereiro, assinada pelo presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, e pelo presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan, eles afirmaram que seus comitês, em coordenação com o Comitê de Formas e Meios, estão investigando se existem motivos suficientes para redigir artigos de impeachment contra o presidente Biden, a serem considerados pelo plenário da Câmara.
“Os comitês estão preocupados com a possibilidade do Presidente Biden ter retido documentos sensíveis relacionados a países específicos que envolvem as negociações comerciais estrangeiras de sua família”, acrescentaram.
Esses registros incluíam documentos confidenciais sobre a política militar e externa no Afeganistão e outros países, entre outros registos relacionados com a segurança nacional e a política externa, que Hur disse implicarem “fontes e métodos de inteligência sensíveis”.