Deputada de Brasília pede CPI para investigar o BRB

O objetivo é apurar investimentos e movimentações financeiras realizadas pelo Banco de Brasília de 2019 até novembro de 2025

Depois que a Justiça Federal do Distrito Federal determinou o afastamento, por 60 dias, do presidente e do diretor financeiro do Banco de Brasília (BRB), em consequência da Operação Compliance Zero da Polícia Federal, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) protocolou um pedido para instaurar uma CPI na Câmara Legislativa do DF.

O objetivo é investigar investimentos e movimentações financeiras realizadas pelo BRB de 2019 até novembro de 2025.

A Polícia Federal investiga um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsificados que envolve o Banco Master — cujo proprietário, Daniel Vorcaro, está preso — e o BRB.

A proposta da deputada detalha que a comissão terá como foco a ampliação das operações do banco em outros Estados, a tentativa de compra do Banco Master pelo BRB e os patrocínios a grandes eventos, incluindo os investimentos na Arena BRB e em reformas e gestão de unidades do Na Hora/Sejus e do Sistema de Bilhetagem.

Pedido de CPI e urgência na tramitação

No documento, Paula Belmonte solicita que a tramitação ocorra em regime de urgência, ressaltando o afastamento de Paulo Henrique Costa da presidência do banco.

Segundo ela, a instituição, sob a gestão de Costa, “vem sendo alvo de diversas denúncias que merecem ser apuradas, investigadas e averiguadas, sob o risco de danos irreparáveis a esse valioso e importante patrimônio do Distrito Federal e de toda a sua sociedade”.

Detalhes da Operação Compliance Zero

Durante a operação, a Polícia Federal realizou buscas e prisões preventivas para apurar um esquema de emissão e negociação de títulos de crédito falsos ligados ao Banco Master.

O BRB mantém relações comerciais com o Master e havia anunciado sua aquisição em março de 2025, mas o Banco Central bloqueou a transação.

Os mandados cumpridos resultaram na prisão do proprietário do Master, Daniel Vorcaro, do ex-sócio Augusto Lima e do tesoureiro Alberto Félix, no dia seguinte ao anúncio da venda do banco para a Fictor e investidores estrangeiros.

Crédito Revista Oeste

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