O governo social-democrata de Olaf Scholz, em coalizão com Os Verdes, está financiando manifestações massivas na Alemanha contra a direita com dinheiro dos contribuintes, segundo informou o portal de notícias Nius.
No sábado passado, até 250.000 pessoas se reuniram na Theresienwiese de Munique sob slogans como “Somos o corta-fogo” e “Defendamos, resistamos ao fascismo aqui no país”. O protesto não foi direcionado apenas contra a formação soberanista AfD, mas também contra as políticas migratórias propostas pela CDU/CSU. Esta manifestação foi organizada pela associação Before, cujo comitê é presidido pela vereadora do SPD, Micky Wenngatz.
A rede “Juntos contra a direita” também intensificou sua atividade nas redes sociais, concentrando sua crítica na CDU. Na quinta-feira anterior, seus ativistas convocaram manifestações em todo o país, incluindo uma em frente à sede da CDU em Berlim. Além disso, esta aliança organizou o “Levante dos Decentes” no domingo passado na capital alemã. Por trás desta rede está a associação Campact, com sede em Verden an der Aller, Baixa Saxônia.
Um dado revelador é que a Campact é a principal acionista da organização sem fins lucrativos HateAid GmbH. Desde 2020, a HateAid recebeu apoio financeiro progressivo do governo federal, acumulando quase 2,5 milhões de euros provenientes do Ministério Federal de Assuntos da Família, dirigido por Lisa Paus, do Partido Verde.
As manifestações não se limitaram a Munique. Em Hannover, cerca de 24.000 pessoas também saíram às ruas em um protesto organizado por “Avós contra a direita”, uma associação fundada em 2018 em Nagold, Suábia. Embora a organização se declare política e religiosamente neutra, surpreendeu a decisão de excluir explicitamente oradores da CDU e do FDP durante sua jornada nacional de 8 de fevereiro.
As “Avós” também receberam financiamento estatal para suas atividades. Segundo uma resposta do governo federal a uma investigação da AfD em agosto de 2024, a associação obteve 18.000 euros do programa “Democracia Viva” do Ministério da Família e outros 5.000 euros da Chancelaria Federal.
A Federação Alemã de Proteção do Meio Ambiente e Conservação da Natureza (BUND), conhecida por sua defesa da política ambiental, também participa ativamente na “luta contra o extremismo de direita”. A BUND foi coorganizadora da manifestação “Somos o corta-fogo” realizada em 1º de fevereiro em Stuttgart.
Esta federação também recebeu apoio governamental. Segundo o registro de lobbies do Bundestag, a organização obteve somas significativas do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Educação em 2023. No entanto, o maior contribuinte é o Ministério da Economia, que transferiu aproximadamente dois milhões de euros para a organização no mesmo ano.
