Dirceu ataca Congresso e prega “revolução social”

Em artigo, ex-ministro José Dirceu culpa Congresso pela desaprovação elevada de Lula e conclama esquerda a fazer uma “revolução política”.

Em artigo publicado nesta quinta-feira (3) no portal PlatôBR, o ex-ministro José Dirceu, um dos mais influentes formuladores do PT, responsabilizou a maioria de direita e centro-direita no Congresso Nacional pelos drásticos reveses legislativos do governo e pela baixa popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No texto, intitulado O Brasil e sua encruzilhada, Dirceu afirma que, apesar dos avanços do governo, “a direita e a extrema direita são maioria no Congresso e têm outro programa que não o escolhido nas urnas em 2022”.

O petista elenca aquilo que considera conquistas não reconhecidas pelo público do governo Lula – como a preservação da democracia, a retomada da imagem internacional do Brasil e a ampliação das políticas sociais –, ressaltando que elas não são percebidas pela população devido ao bloqueio imposto por um Legislativo hostil.

Em tom de alerta à militância do partido, ele chama de “estrondosa” a recente derrubada do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e afirma que “o governo Lula não fez mais porque não tem maioria na Câmara e no Senado Federal”.

Ex-ministro alerta para risco de “semipresidencialismo informal”

O ex-ministro também alerta para o risco de um “semipresidencialismo informal” e critica a “resistência à isenção do imposto de renda até R$ 5 mil” e as articulações pela “anistia aos golpistas” do 8 de janeiro.

Ao apontar que os adversários desejam “dar continuidade ao programa Temer-Bolsonaro”, Dirceu prega uma guinada radical: “O Brasil precisa de uma revolução política e social e é nosso dever colocar esse dilema abertamente para nosso povo”.

No texto, ele sustenta que está em curso uma tentativa de antecipar o debate eleitoral de 2026 e conclama a esquerda a reagir: “Vamos pôr às claras para nosso povo a verdade: nossas elites renunciaram ao Brasil […] Mas não nos vencerão”.

Crédito Gazeta do Povo

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