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Direita espanhola cresce no Parlamento Europeu e pede eleições

Foto - EPA/FERNANDO VILLAR

Líder do Vox, Santiago Abascal, sugere que o premiê, Pedro Sánchez, siga os passos dos governos francês e belga e dissolva o parlamento do país

Santiago Abascal, presidente do Vox (partido espanhol de direita), disse na noite de domingo (9.jun.2024) que o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, deveria seguir os passos do presidente da França, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, e convocar eleições nacionais por causa da derrota no pleito para o Parlamento Europeu.

Em discurso depois de divulgadas as projeções dos resultados, Abascal destacou que seu partido cresceu em percentagem e em votos “pela 4ª vez consecutiva”. Antes, o Vox já havia demonstrado força nas eleições regionais na Galiza, no País Basco e na Catalunha.

Agora, o partido dobrou o número de assentos no Parlamento Europeu de 3 para 6 e aumentou seu percentual de votos de 6% para 9,6%. “A certidão de óbito do Vox parece demorar muito para chegar”, ironizou Abascal.

O Vox ficou em 3º lugar no pleito, atrás do conservador PP, que obteve 34,2% (22 assentos), e do socialista PSOE, de Sánchez, que conquistou 30,2% (20 assentos).

Abascal também comemorou o bom resultado de siglas aliadas no continente, que, segundo ele, “conseguiram fazer avançar com um discurso comum e convicções comuns que se fortalecem em toda a Europa”.

Todos aqueles que acreditam na soberania das nações, que não querem perder as rédeas do seu futuro, todos aqueles que acreditam e exigem fronteiras seguras, que querem segurança nas ruas, que querem um campo próspero, um campo com futuro, um sistema nacional competitivo da indústria e que, em última análise, não estão dispostos a permitir que aqueles que querem decidir tudo pelas suas costas continuem avançando”, disse.

Por fim, Abascal pediu a Sánchez “uma reflexão”, como fizeram os governos da França e da Bélgica: “Dissolva as Cortes Gerais e convoque os espanhóis de volta às urnas”.

ELEIÇÕES

De 5ª feira (6.jun) a domingo (9.jun), os eleitores dos 27 países integrantes da UE (União Europeia) foram às urnas para votar nos seus representantes no Parlamento Europeu.

A direita saiu como a grande vitoriosa. Segundo as projeções atualizadas às 21h de domingo (9.jun) pela comissão eleitoral, o Partido Popular Europeu, de Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, manteve a maior bancada no Legislativo da União Europeia e conquistou mais 13 cadeiras, ficando com 189 deputados.

Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 402 do total de 720, domínio de 56%. Eram 396 antes.

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