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Direita perdeu por culpa de Braga Netto, diz Janaina Paschoal

Ex-deputada comenta relatório da PF sobre um suposto plano para matar Lula, Alckmin e Moraes.

Janaina Paschoal (PP-SP), vereadora eleita em São Paulo, criticou nesta 4ª feira (20.nov.2024) o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Ao comentar o relatório da PF sobre um suposto plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, Janaina afirmou que a direita “perdeu” o Brasil por culpa do militar.

“Eu entendo, firmemente, que perdemos o Brasil por culpa de Braga Netto. Eu não suporto este homem. Se Bolsonaro tivesse chamado Tereza Cristina para vice, não estaríamos nesta situação”, declarou Janaina em seu perfil no Instagram. Para ela, a decisão de Bolsonaro entregou o país à esquerda.

Mesmo com as críticas, a vereadora eleita disse acreditar que as pessoas que pedem a prisão de Braga Netto não leram a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. “Nada evidencia a participação do general na tal trama”, declarou.

Janaina Paschoal ainda pediu que o sigilo dos documentos sejam retirados porque o Brasil tem “direito a esse resgate histórico”. E afirmou: “Queremos conhecer a verdade”.

A OPERAÇÃO DA PF

A Polícia Federal realizou na 3ª feira (19.nov) uma operação que mira suspeitos de integrar uma organização criminosa responsável por planejar, segundo as apurações, um golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022.

Os agentes miram os “kids pretos”, grupo formado por militares das Forças Especiais, e investigam um plano de execução de Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Ainda conforme a corporação, o grupo também planejava a prisão e execução do ministro do STF Alexandre de Moraes. Os crimes investigados, segundo a PF, configuram, em tese, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Foram expedidos 5 mandados de prisão preventiva e 3 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Goiás, no Amazonas e no Distrito Federal. Foram determinadas 15 medidas, como a proibição de contato entre os investigados, a entrega de passaportes em 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

Um dos alvos da operação é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência de Jair Bolsonaro (PL).

Também foram alvos dos mandados os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladmir Matos Soares. Todos tiveram determinadas prisão preventiva e proibição de manter contato com outros investigados, bem como proibição de se ausentarem do país, com a consequente entrega dos respectivos passaportes.

Em nota, a PF disse que uma organização criminosa “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022”.

O plano estava sendo chamado de “Punhal Verde e Amarelo” e seria executado em 15 de dezembro de 2022.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um ‘Gabinete Institucional de Gestão de Crise’, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, disse a PF.

Segundo a investigação, reuniões se deram na casa do general Walter Braga Netto. A PF também afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria presente quando o plano para execução das autoridades foi impresso no Planalto.

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