Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, manifestou-se contrário à proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, considerando a impunidade inaceitável diante da “gravidade dos crimes cometidos”.
“Estamos falando de planos de assassinato, ruptura da nossa democracia, vandalismo, depredação de patrimônio público e histórico”, afirmou Rodrigues em declaração sobre o tema.
O posicionamento do chefe da PF ocorre em um momento em que ganha força no Congresso Nacional o projeto de lei que prevê anistia para os participantes dos atos ocorridos em Brasília. Recentemente, o deputado Sóstenes Cavalcante anunciou que o requerimento de urgência para o projeto já ultrapassou 257 assinaturas necessárias para ser pautado na Câmara dos Deputados.
Rodrigues destacou a gravidade das investigações conduzidas pela Polícia Federal, que além de apurar a depredação das sedes dos três Poderes, também investiga supostos planos para assassinato de autoridades e “tentativas de ruptura institucional”. Para o diretor-geral, conceder perdão legal a esses crimes representaria um precedente perigoso para a justiça brasileira.