A bancada de direita brasileira criticou o discurso de Lula na ONU. Segundo comentários que deputados da oposição escreveram em suas redes sociais, o presidente da República repetiu chavões para a militância em um tom que Daniel Freitas (PL-SC) definiu como “previsível e infantil”.
O presidente usou o discurso de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça para atacar a política americana, que elevou em 50% as tarifas de produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos e criticar sanções impostas a servidores do Executivo e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Em dado momento, Lula declarou que não há justificativas para as medidas “unilaterais” e “arbitrárias” dos EUA contra o país. “Discurso do Lula absolutamente previsível e infantil, como se estivesse falando em cima de um trio elétrico para sua militância cativa. Nada de novo. De onde menos se espera é que não sai nada mesmo”, escreveu o parlamentar Daniel Freitas em sua conta no X.
Para o deputado Paulo Bilynsky (PL-SP), a fala de Lula foi marcada por “mentiras, ataques e muita cara de pau”. Lula afirmou que democracia é um valor “inegociável” e que não há “pacificação sem punição”. “O discurso de Lula na ONU é um reflexo do regime de exceção que tomou as instituições brasileiras”, disse no X.
Nikolas Ferreira (PL-MG) aproveitou o discurso para divulgar sua atividade parlamentar. Depois de Lula afirmar que é “preocupante” comparar criminalidade e “terrorismo”, lembrou que é relator do chamado Projeto de Lei Anti Facção, que passa a considerar organizações criminosas no mesmo nível de terroristas. “O governo Lula recusou colocar PCC e CV como terroristas. E agora diz que isso é uma preocupação”, criticou.
O vereador mais votado de Belo Horizonte, Pablo Almeida (PL), destacou o apoio de Lula a Cuba e Venezuela. Lula afirmou que é necessário manter o diálogo com a Venezuela e que é “inadmissível” que Cuba esteja listada como país que patrocina o terrorismo. “Mas, claro, tudo pela democracia”, debochou.