Ditador de Cuba chama de “ato de brutalidade” envio de imigrantes criminosos dos EUA para Guantánamo

O ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chamou nesta quarta-feira (29) de “ato de brutalidade” o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que vai disponibilizar 30 mil lugares na base naval americana de Guantánamo, que fica em território cubano, para deter imigrantes ilegais criminosos.

“Em um ato de brutalidade, o novo governo dos Estados Unidos anuncia a prisão na Base Naval de Guantánamo, localizada em território cubano ilegalmente ocupado, de milhares de migrantes que está expulsando à força”, criticou Díaz-Canel em redes sociais.

O ministro das Relações Exteriores do regime comunista cubano, Bruno Rodríguez, também afirmou em redes sociais que a medida é um sinal do “desprezo de Washington pela condição humana e pelo direito internacional”. Diferentemente dos EUA, Cuba é acusada por órgãos internacionais de direitos humanos, e também por órgãos cubanos, de violar sistematicamente os direitos de opositores, inclusive torturando prisioneiros em centros de detenção do Estado comunista.

Trump disse que, nesta prisão de Guantánamo, ficarão “os piores imigrantes ilegais criminosos que são uma ameaça ao povo americano”.

O presidente americano deu a declaração na Casa Branca, por ocasião da assinatura da lei Laken Riley, que viabiliza a prisão de imigrantes acusados de cometerem crimes nos EUA. O nome da lei é em homenagem a Riley, uma jovem da Geórgia que foi brutalmente assassinada por um imigrante venezuelano que entrou ilegalmente nos EUA e já possuía um histórico criminal.

O Pentágono opera um centro de detenção de imigrantes na base de Guantánamo, que é administrado separadamente da prisão para suspeitos de terrorismo.

Os migrantes que chegam são aqueles interceptados pelas autoridades dos EUA no mar quando tentam chegar ao litoral do país, principalmente procedentes de Cuba e Haiti.

A população de migrantes na base é geralmente muito baixa. De acordo com dados publicados pelo jornal The New York Times, entre 2020 e 2023 o complexo abrigou apenas 37 pessoas.

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