Foto - Marcello Casal Jr.
Segundo o Tesouro Nacional, variação nominal foi de R$ 208,1 bilhões e teve influência da emissão líquida de R$ 146,7 bilhões.
A dívida pública federal subiu 3,10% em maio na comparação com abril de 2024. O estoque totalizou R$ 6,91 trilhões, o que representa uma alta de R$ 208,09 bilhões no período.
De acordo com o Tesouro Nacional, a variação nominal se deu em razão daemissão líquida (R$ 146,71 bilhões) e da apropriação positiva de juros (R$ 61,38 bilhões) –quando a remuneração feita pelo Tesouro aos detentores da dívida é menor do que o retorno com os juros que o órgão tem com as próprias aplicações.
Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (26.jun.2024).
Eis a trajetória do estoque da dívida pública federal:
O governo federal é o responsável por emitir a dívida pública. O objetivo é financiar o deficit orçamentário, visando a cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas.
A DPF é uma das principais referências para a avaliação da capacidade de pagamento do país pelas agências globais que avaliam o grau de investimento. O passivo inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior. Em abril, o estoque da dívida havia atingido R$ 6,7 trilhões.
Ao levar em conta o PAF (Plano Anual de Financiamento), a DPF encerrou o mês abaixo do intervalo estabelecido para 2024 (R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões).
A DPMFI (Dívida Pública Mobiliária Federal interna) subiu 3,16% em relação ao mês anterior: foi de R$ 6,42 trilhões para R$ 6,63 trilhões. Essa é a parte da dívida que pode ser paga com moeda nacional.
Já o estoque da DPFe (Dívida Pública Federal externa) cresceu 1,77% em relação a abril de 2024: somou R$ 285,47 bilhões (US$ 54,46 bilhões).
COLCHÃO DA DÍVIDA
A reserva de liquidez –ou colchão da dívida pública– apresentou um aumento nominal de 16,67%: saiu de R$ 884,52 bilhões em abril para R$ 1,03 trilhão em maio. Os valores são suficientes para pagar 8 meses de vencimentos da dívida.
Na comparação com maio de 2023 (R$ 983,18 bilhões), a alta em termos nominais foi de 4,96%. O indicador diz respeito à disponibilidade de caixa para pagamento da dívida, bem como o saldo dos recursos que surgem com a emissão de títulos.
DETENTORES
O grupo Instituições Financeiras segue como o maior detentor da dívida federal. Em maio, registrou alta no estoque, passando de R$ 1,88 trilhões para R$ 2,.01 trilhões. A participação relativa desse grupo subiu de 29,23% para 30,41%.