O ex-candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González, declarou nesta segunda-feira que viajará a Caracas em 10 de janeiro para tomar posse como presidente do país. Ele mantém sua contestação ao que descreve como fraude eleitoral cometida por Nicolás Maduro nas eleições realizadas em 28 de julho.
“Não se revelam estratégias publicamente. Estou disposto a assumir o mandato que o soberano venezuelano me concedeu nas urnas”, afirmou González em entrevista ao meio de comunicação colombiano W Radio. Ele enfatizou que está preparado para enfrentar o risco de prisão ao retornar à Venezuela.
González, de 75 anos, está atualmente na Espanha como asilado político. Recentemente, o procurador-geral do regime venezuelano, Tarek William Saab, anunciou uma investigação contra ele por questionar os resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que atribuíram a “vitória” das eleições ao ditador Nicolás Maduro.
“Para aqueles que ainda ocupam as instituições do Estado, os custos de saída ainda são maiores do que os de permanência. Nosso plano é continuar trabalhando para gerar a pressão necessária”, acrescentou González durante a entrevista.
Na semana passada, os governos dos Estados Unidos, Itália e Equador anunciaram o reconhecimento de González como presidente eleito da Venezuela.