O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou postagens no fim de semana, acenando com mais intensidade para a direita nacionalista europeia. Os posts foram direcionados para o espanhol Vox e o polonês Lei e Justiça.
Eduardo e o empresário e jornalista Paulo Figueiredo já sinalizaram que a Europa é o próximo destino deles para denunciar o que consideram abusos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a campanha nos Estados Unidos que resultou na aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro, além de suspensão de vistos a autoridades brasileiras e do judiciário.
“Parabéns eurodeputado Dominik Tarczynski por participar de movimentos pró-liberdade mesmo fora da Polônia!”, comentou Eduardo. Tarczynski é um eurodeputado polonês, membro do Parlamento Europeu. Ele é conhecido por suas posições conservadoras e pela defesa de pautas nacionalistas.
Em uma mensagem direta ao espanhol Vox, Eduardo Bolsonaro disse que seguirá na batalha pela liberdade. “Nenhum ditador ficará impune, nós venceremos”, citou.
Em vídeo, ele chamou Moraes de tirano e citou, falando em espanhol, exemplos do que considera como medidas autoritárias do ministro: condenação do deputado Daniel Silveira, da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, do empresário Cleriston Pereira da Cunha, que morreu na prisão, a suspensão do X e o bloqueio de contas da Starlink, ambas empresas de Elon Musk. “Não podemos permitir que um tirano destrua a democracia sem consequências”, comentou.
A articulação na Europa se concentra em deputados conservadores da Finlândia, Portugal, França, Grécia, além de Polônia e Espanha. Um pedido de sanções contra Moraes foi assinado por dezesseis parlamentares. “A União Europeia não deve ficar de braços cruzados enquanto Moraes continua a usar o sistema judiciário brasileiro como arma contra seus oponentes políticos e viola descaradamente os direitos humanos” comentou Tarczynski, no X.
Os eurodeputados pedem sanções da UE contra Moraes. Segundo a DW Brasil, em carta, os políticos citam que Moraes usa o “sistema judiciário brasileiro como arma contra oponentes políticos” e “viola descaradamente os direitos humanos”.