Foto: Renato Araujo
Nesta sexta-feira (25), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou publicamente em apoio a Gustavo Gayer (PL-GO) após a deflagração da Operação Discalculia pela Polícia Federal (PF), que investiga Gayer por suspeitas de desvio de recursos de cota parlamentar. A operação ocorre a apenas dois dias do segundo turno das eleições municipais, no qual Fred Rodrigues (PL), aliado de Gayer, disputa a prefeitura de Goiânia.
Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro questionou o momento da ação, sugerindo assim um viés político nas investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, a operação gera uma imagem de “perseguição” contra figuras políticas de direita, e apontou que a situação teria impacto, sobretudo, na percepção popular.
“É um escárnio que AM [Alexandre de Moraes] siga adiante de inquéritos sempre contra pessoas de direita, mesmo após denúncias de Glenn Greenwald demonstrando que ele seleciona seus alvos — inclusive eu”, escreveu o parlamentar.
Além disso, o deputado ainda levantou questionamentos sobre os métodos usados em operações como essa. Segundo ele, os alvos das investigações têm dificuldade em acessar as acusações de forma direta. Nesse sentido, Eduardo defendeu uma reforma na condução dos processos. Ele pediu um juiz natural, bem como a garantia dos direitos de defesa e do contraditório, o que, segundo ele, não estaria sendo plenamente assegurado.
“Não somos contra investigações, queremos apenas os mesmos direitos constitucionais de qualquer brasileiro”, afirmou. “Todo apoio ao Dep. Gayer”.
