Eduardo sobre Dino: “Fala em pacificação, mas persegue adversários políticos”

O líder da minoria na Câmara critica a reabertura de inquérito contra família Bolsonaro com base em relatório da CPI da Covid

O líder da minoria na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de abrir um inquérito contra a família Bolsonaro com base no relatório final da CPI da Covid.

A investigação instaurada no parecer da CPI mira a suposta incitação ao descumprimento de medidas sanitárias, além de possíveis fraudes em contratos e desvio de recursos públicos. São investigados: Jair Bolsonaro, Eduardo, Flávio e Carlos.

Para Eduardo, a medida contradiz o discurso de Dino. “Como alguém pode falar em pacificação reabrindo inquéritos já sepultados, cujo mérito foi encerrado há muito tempo?”, interpelou. “Só existe uma explicação: perseguir adversários políticos.”

Como alguém pode falar em pacificação reabrindo inquéritos já sepultados, cujo mérito foi encerrado há muito tempo? Só existe uma explicação: perseguir adversários políticos.

É exatamente por isso que a anistia precisa ser sobre os fatos, tendo como marco inicial o inquérito das… pic.twitter.com/q6yPudVla0— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 19, 2025

Eduardo Bolsonaro cita avanço da anistia

Ainda em manifestação nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro também relacionou a decisão à necessidade de se avançar no debate sobre a anistia em tramitação no Congresso. Nesta semana, a urgência da proposta foi aprovada na Câmara com 311 votos favoráveis.

“É exatamente por isso que a anistia precisa ser sobre os fatos, tendo como marco inicial o inquérito das ‘fake news’ aberto em 2019”, disse. “Se nada puder ser investigado a partir desse período, impediremos que figuras como Flávio Dino, Alexandre de Moraes ou qualquer outro agente do regime usem esses processos como arma para eliminar a verdadeira oposição.”

Relatório da CPI da Covid

No relatório que serviu de base para a decisão, a CPI da Covid de 2021 alegou crimes contra a administração pública, citando contratos suspeitos, empresas de fachada, superfaturamentos e desvio de recursos. 

Dino afirmou em sua decisão que havia “requisitos legais necessários para a instauração de inquérito policial, a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração”.

O despacho de Dino inclui, além da família Bolsonaro, nomes como as deputadas federais Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), e ex-ministros como Onyx Lorenzoni, Ernesto Araújo e Ricardo Barros. No total, 23 aliados do ex-presidente serão alvo da apuração conduzida pela Polícia Federal, que tem prazo inicial de 60 dias para avançar sobre as suspeitas levantadas pela CPI.

Crédito Revista Oeste

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