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Efeito Milei: Inflação na Argentina cai pela metade e vai ao menor patamar em 2 anos

Inflação desacelera pelo quinto mês seguido sob Javier Milei; Banco Mundial projeta queda de 3,5% no PIB

A inflação mensal na Argentina desacelerou pelo quinto mês consecutivo sob o governo de Javier Milei, coincidindo com uma vitória legislativa parcial do presidente ultraliberal. Em maio, o índice mensal foi de 4,2%, comparado aos 8,8% do mês anterior. Este é o menor índice registrado em mais de dois anos, desde janeiro de 2022, quando a inflação foi de 3,9%.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) também mostram uma preocupante variação anual de 276,4%. No entanto, este indicador desacelerou pela primeira vez desde julho de 2023. O acumulado do ano é de 71,9%.

Javier Milei, que está na Europa como convidado para a cúpula do G7, celebrou os resultados. Ele já havia comentado durante uma conferência em Buenos Aires que todas as consultorias locais previam a desaceleração do indicador. “Indiscutivelmente, nosso programa de estabilização está demonstrando sua efetividade.”

Os 4,2% de maio ficaram abaixo das previsões do próprio Banco Central argentino, que havia estimado uma inflação de 5,2% para o mês.

Apesar de outros indicadores preocupantes, como a queda do poder de compra e o aumento da pobreza, a desaceleração da inflação é vista como uma conquista do governo. Quando Milei assumiu, em dezembro passado, a inflação mensal estava acima de 25%.

No entanto, outras promessas de Milei ainda não foram cumpridas, como a eliminação dos controles cambiais e a dolarização da economia. Especialistas consideram a remoção dos controles cambiais essencial para revitalizar o investimento estrangeiro e recuperar o acesso aos mercados internacionais de crédito. Milei prometeu: “Vamos abrir definitivamente o cepo.”

Nesta semana, o Banco Mundial agravou suas previsões para a economia argentina, projetando uma queda de 3,5% no PIB para este ano, uma revisão em relação à projeção de abril, que era de 2,3%. No entanto, prevê-se uma rápida recuperação em 2025, com um crescimento projetado de 5% no PIB, acima das previsões para Brasil e México.

“As autoridades argentinas procuram enfrentar desafios econômicos significativos com uma nova abordagem baseada, em partes, na consolidação fiscal”, escreveu o Banco Mundial em relatório. “Espera-se que a atividade econômica se firme em 2025, à medida que os desequilíbrios macroeconômicos forem resolvidos, as distorções do mercado forem eliminadas e a inflação fique sob controle.”

A quinta queda consecutiva na inflação mensal foi anunciada um dia após Milei obter sua primeira vitória parcial no Congresso argentino, com a aprovação no Senado de sua Lei de Base, que inclui privatizações e a concentração de poderes nas mãos do presidente, além de seu pacote fiscal. Esses projetos incluem incentivos fiscais para investimentos em áreas como energia e mineração e a legalização de montantes não declarados no exterior, visando aumentar a entrada de dólares no sistema financeiro argentino.

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