Aliados admitem necessidade de reaproximação e citam encontros com Gilberto Kassab, do PSD, e Marcos Pereira, do Republicanos, ainda nesta semana
Com o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil, o chefe do Executivo deve procurar presidentes de partidos da base aliada para uma conversa, ainda nesta semana, sobre o apoio das siglas a pautas de interesse do governo.
Durante agenda no Japão, na semana passada, o presidente Lula teria mencionado a ministros os nomes de Gilberto Kassab, presidente do PSD, e do Republicanos, Marcos Pereira, como dirigentes que devem ser ouvidos por ele.
A menção a Kassab ocorre em meio a um clima de distanciamento do partido do governo. Líderes partidários avaliam que o secretário de Relações Institucionais do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), tem feito movimentos explícitos à direita bolsonarista, como a adesão à urgência do projeto de lei que anistia presos do 8 de janeiro.
Além disso, recentemente, Kassab disse à CNN que pode concorrer ao governo de São Paulo, caso Tarcísio concorra ao Palácio do Planalto em 2026. O movimento poderia comprometer uma estratégia da esquerda para as eleições do ano que vem.
Já Marcos Pereira disse à CNN que o governo Lula perdeu o timing da reforma ministerial. Ele tem feito críticas recorrentes à gestão petista. O Republicanos também assinou apoio à urgência do projeto da anistia.
A promessa de um encontro com presidentes partidários foi feita por Lula desde o ano passado.
O presidente ainda deve receber o chefe do União Brasil, Antonio Rueda, e busca se aproximar de Paulinho da Força, do Solidariedade, que tem criticado o governo pela condução da política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
