Diplomacia norte-americana afirma que Bolsonaro é alvo de perseguição
A crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira, 24. Em publicação nas redes sociais, a Embaixada dos EUA em Brasília criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao chamá-lo de “coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro”. A nota acrescenta que as ações do magistrado repercutem além das fronteiras brasileiras e “restringem a liberdade de expressão nos EUA”.
O ministro Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, que, por sua vez, tem restringido a liberdade de expressão nos EUA. Graças à liderança do presidente Trump e do secretário Rubio, estamos atentos e tomando as devidas providências. https://t.co/mqJGSTJ3yn— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) July 24, 2025
Na mensagem, a diplomacia norte-americana cita o presidente Donald Trump e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. “Estamos atentos e tomando as devidas providências”, diz a embaixada.
Essa declaração ocorre em um momento de escalada das tensões entre Brasília e Washington. Desde que Trump retornou ao poder, a administração republicana passou a adotar um tom mais crítico em relação ao governo Lula e ao STF. A atuação de Moraes, que conduz inquéritos sobre os atos do 8 de janeiro, virou alvo de críticas nos EUA.
As tarifas dos EUA
Em 9 de julho, Trump divulgou uma carta e a enviou para o governo brasileiro. No documento, o presidente dos EUA anunciou a aplicação de tarifas de 50% sobre todas as importações do Brasil a partir de 1º de agosto. Ele justifica a medida como uma reação ao que considera uma “escalada de censura e perseguição” contra líderes conservadores no país.
Na carta, Trump afirma que as tarifas são “apenas o primeiro passo” e que outras medidas podem ser adotadas caso o governo Lula e o STF não revejam práticas que “violam princípios fundamentais de liberdade”.
Além da questão política, Trump cobra do Brasil avanços comerciais, critica barreiras impostas a produtos norte-americanos e promete buscar uma “paridade justa” entre os dois países.