Vice-presidente diz que ainda não há data para conversa entre o petista e o republicano sobre o ‘tarifaço’
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou, nesta segunda-feira, 29, que a conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos, ainda não tem data, formato nem local definidos. O tema central será a sobretaxa de 50% imposta por Washington sobre produtos brasileiros.
“Não tem ainda informação sobre a data e o tipo do encontro, mas entendo que ele é um passo importante para a gente poder avançar”, disse Alckmin em entrevista à rádio CBN.
A expectativa é que o primeiro contato seja remoto — por telefone ou videoconferência. Nesse sentido, uma reunião presencial ficaria para um segundo momento.
O Palácio do Planalto e o Itamaraty estudam vários cenários. Entre eles, uma visita à Casa Branca, um encontro na casa de Trump, em Mar-a-Lago, ou mesmo em outro país, aproveitando compromissos diplomáticos.
Lula tem viagens previstas para Itália, Indonésia e Malásia em outubro. Trump pode participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático, na Malásia, no fim do mês. O evento também deve contar com a presença do petista.
A sobretaxa a produtos do Brasil entrou em vigor há quase dois meses. Alckmin afirma que o governo tem bons argumentos para derrubá-la. “Os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil”, destacou o vice-presidente, que também responde pelo cargo de ministro da Indústria, Comércio e Serviços. “Estamos otimistas. Vamos aguardar os próximos dias para avançar mais.”
Além das tratativas com os EUA, o vice-presidente falou sobre economia interna. Um dos temas foi a proposta que isenta do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida, promessa de campanha de Lula, deve ser votada na quarta-feira 1º, na Câmara. A equipe econômica trabalha para implementá-la em 2026.