O enviado dos Estados Unidos para missões especiais, Richard Grenell, disse que ainda acredita em vias diplomáticas para evitar um confronto com a Venezuela.
“Vocês sempre me ouvirão como alguém que defende o diálogo. Já estive com [o ditador venezuelano] Nicolás Maduro. Sentei-me diante dele. Expressei a posição América em Primeiro Lugar. Entendo o que ele quer. Acredito que ainda podemos chegar a um acordo. Acredito na diplomacia. Acredito em evitar a guerra”, disse Grenell na terça-feira (16), em discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), realizada no Paraguai.
Segundo informações da agência EFE, o enviado do governo Donald Trump afirmou que todo presidente americano tem a possibilidade de escolher entre “duas vozes”, uma “pronta para a guerra”, em referência ao Pentágono, e a do Departamento de Estado, que pode adotar “manobras governamentais” como sanções e tarifas.
“Há muitas ferramentas que o governo dos EUA pode usar no lado pacífico antes de termos que entregar o assunto àqueles que estão prontos e equipados para ir à guerra”, afirmou Grenell.
O enviado de Trump se encontrou com Maduro em Caracas no final de janeiro e nesta ocasião e em outras negociou com a ditadura da Venezuela o recebimento de deportados pelos Estados Unidos e a libertação de americanos que haviam sido presos pelo regime chavista.
Os Estados Unidos enviaram no final de agosto oito navios de guerra e um submarino nuclear para as águas do Mar do Caribe próximas da Venezuela, com o objetivo de evitar a chegada de drogas ao território americano, operação que a ditadura venezuelana considera uma “desculpa” para uma intervenção militar no país sul-americano.
Desde então, Trump anunciou que três embarcações com drogas que haviam partido da Venezuela foram atingidas por militares americanos em águas internacionais na região.