Foto - Mateus Bonomi
O Estadão criticou a falta de ações efetivas do governo de Lula para conter as queimadas nos principais biomas do país.
Em editorial publicado na edição deste sábado, 13, o Estadão criticou a falta de ações efetivas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para conter a devastação causada pelas queimadas nos principais biomas do país.
Enquanto o petista faz um discurso em defesa do meio ambiente em eventos locais e internacionais, a Amazônia, o cerrado e o Pantanal enfrentam recordes históricos de queimadas.
“O enfrentamento da devastação ambiental e das mudanças climáticas, cada vez mais extremas, exige do governo federal ações efetivas. De nada servem as bravatas do presidente Lula da Silva, que vende ao mundo o palavrório em defesa das florestas, enquanto a destruição avança Brasil afora”, afirmou o jornal O Estado de S. Paulo .
Durante o governo Bolsonaro, Lula e sua atual ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, culpavam diretamente o governo do antecessor pelas queimadas ambientais.
O Estadão lembra que agora, no entanto, colocam a culpa nos agricultores e em fenômenos ambientais.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, preferiu culpar a mudança do clima, El Niño, La Niña, as ações humanas e o Congresso — sem reconhecer a falta de real empenho político de seu chefe em articular soluções para o problema. Até agora, nem promessa de campanha Lula da Silva conseguiu cumprir. Prevista para implementar e fiscalizar iniciativas ambientais em todos os ministérios, a Autoridade Climática, por exemplo, hiberna em alguma gaveta do Palácio do Planalto.
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Combate às queimadas não foi antecipado, apesar dos alertas ao governo Lula, diz Estadão
O jornal também fala sobre o prognóstico negativo para o Pantanal, já que a seca chegou mais cedo e o nível do Rio Paraguai, por exemplo, está mais de três metros abaixo do esperado. Até agora são mais de 3,5 mil focos de queimadas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Mas o drama não é localizado”, afirma o jornal. “De acordo com dados do WWF-Brasil, 84% das cabeceiras dos rios do Pantanal estão no Cerrado, onde o desmatamento prospera, e 16%, na Amazônia, que também sofre com incêndios, mesmo após o governo Lula da Silva já ter sido alvo de críticas pela letargia na reação a queimadas no ano passado. Como afirmou ao Estadão Daniel Silva, especialista em Conservação do WWF-Brasil, trata-se de ‘um ciclo vicioso’.”
O jornal afirma que “o combate ao fogo no Pantanal não foi antecipado, apesar de alertas de que as queimadas chegariam mais cedo”. A temporada de incêndios costuma ocorrer no segundo semestre. “Em junho, com esse bioma já em chamas, foi firmado um pacto do governo federal com dez Estados para conter queimadas pelo país. Mais tarde, recursos foram anunciados para contornar o problema.”
O Estadão conclui que o governo deveria “investir pesado” para evitar os incêndios anuais e proteger os biomas do país, mas o governo Lula está “perdido entre a inércia e a demagogia” para dar uma “resposta mais vigorosa”.