Estatais fecham 2024 com o maior deficit da história, diz BC

Contas das empresas ficaram no negativo, em R$ 8,07 bilhões; do total, as federais tiveram deficit de R$ 6,73 bilhões

As estatais fecharam 2024 com o maior deficit da série histórica, iniciada em 2002. O saldo negativo foi de R$ 8,07 bilhões em valores nominais, segundo dados do BC (Banco Central), que divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 6ª feira (31.jan.2025).

Em 2023, as estatais registraram deficit de R$ 2,27 bilhões. O saldo negativo subiu 255,8% no ano passado.

Segundo dados do BC, o déficit acumulado das estatais no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi de R$ 10,3 bilhões.

ESTATAIS FEDERAIS

Em nota publicada nesta 6ª feira (31.jan), o MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) defendeu que os dados do Banco Central não são a melhor forma de observar a sustentabilidade financeira da estatal.

O órgão disse que os investimentos das empresas estatais federais cresceram 44,1% em 2024 em relação a 2023. Totalizou R$ 96,18 bilhões, segundo o governo.

“O recorte do investimento realizado pelas 20 empresas consideradas nas estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central do Brasil ratifica a avaliação que tem sido feita pelo MGI de que os déficits registrados pelas estatais no cálculo do resultado primário são, em grande parte, decorrentes dos investimentos realizados pelas companhias, pagos com recursos em caixa”, disse.

O levantamento do BC considera as receitas e as despesas das empresas. Segundo o governo, o dado ignora os recursos em caixa disponíveis e de receita de anos anteriores.

Segundo o BC, as estatais federais registraram um déficit de R$ 6,73 bilhões em 2024, o maior saldo negativo da série histórica. Em 2023, havia sido de R$ 656 milhões. No acumulado do governo Lula, o déficit foi de R$ 7,39 bilhões.

Correios

Os Correios puxam a fila do deficit primário das estatais federais, com saldo negativo de R$ 3,2 bilhões.

O presidente dos Correios é Fabiano Silva dos Santos, de 47 anos. É advogado e foi indicado ao cargo pelo Prerrogativas, grupo de operadores do direito simpáticos ao presidente Lula. O coletivo atuou e segue atuando fortemente contra as acusações de processos da Lava Jato.

Fabiano é do Prerrô, como o coletivo é chamado, e tem relação de amizade com o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu. É conhecido como o “churrasqueiro de Lula”.

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