Trump afirma que o país tem promovido a desapropriação de terras por questões raciais
Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira, 14, que o governo norte-americano expulsou Ebrahim Rasool, embaixador da África do Sul.
O secretário acusou Rasool de “explorar questões raciais” e de “odiar a América e Trump”. Além disso, os EUA o classificaram como persona non grata.
“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo no nosso grande país”, disse Rubio. “Não temos nada a discutir com ele e, por isso, ele é considerado persona non grata.”
South Africa's Ambassador to the United States is no longer welcome in our great country.
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) March 14, 2025
Ebrahim Rasool is a race-baiting politician who hates America and hates @POTUS.
We have nothing to discuss with him and so he is considered PERSONA NON GRATA.https://t.co/mnUnwGOQdx
Rasool começou sua missão diplomática em 13 de janeiro, antes de Donald Trump tomar posse do cargo em Washington D.C. Rubio afirma que o embaixador acusou o governo norte-americano de liderar um movimento de supremacia branca.
Em fevereiro deste ano, Trump anunciou que Rubio não compareceria à reunião do G20 em Joanesburgo, na África do Sul, realizada nos dias 20 e 21 daquele mês.
EUA acusam África do Sul de desapropriar terras de forma arbitrária
Os EUA denunciam o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, de desapropriar terras de forma arbitrária.
Segundo a agência Reuters, pessoas brancas possuem três quartos das terras agrícolas do país, enquanto negros detêm apenas 4%. Para reduzir essa desigualdade, Ramaphosa sancionou uma lei que permite ao Estado desapropriar terras “no interesse público”.
“A África do Sul está fazendo coisas muito ruins”, disse Rubio. “Expropriando propriedade privada. Usando o G20 para promover ‘solidariedade’, igualdade e sustentabilidade. Em outras palavras: mudanças climáticas. Meu trabalho é promover os interesses nacionais dos EUA, não desperdiçar o dinheiro dos contribuintes nem promover o antiamericanismo.”
Em contrapartida, o Ministério das Relações Exteriores da África do Sul justificou que “não há desapropriação arbitrária de terras/propriedade privada”, pois “esta lei é semelhante às leis de domínio eminente”.