Departamento de Estado sanciona funcionários envolvidos no programa de “aluguel” de médicos cubanos pelo regime de Havana
O Departamento de Estado americano anunciou nesta terça-feira (13) a imposição de restrições de visto contra autoridades governamentais africanas, cubanas e de Granada, incluindo seus familiares, por cumplicidade no esquema de trabalho forçado médico do regime cubano.
Segundo o comunicado oficial, o programa consiste no “aluguel” de profissionais médicos cubanos por outros países a preços elevados, sendo que a maior parte da receita é mantida pelas autoridades cubanas. O esquema enriquece o regime corrupto de Cuba enquanto priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais.
A denúncia americana revela um sistema em que médicos cubanos são enviados para trabalhar em outros países, mas seus salários são majoritariamente confiscados pelo governo de Havana, caracterizando uma forma de trabalho forçado internacional.
Declaração oficial do Departamento de Estado
“Hoje, o Departamento de Estado tomou medidas para impor restrições de visto a funcionários governamentais africanos, cubanos e de Granada, e seus familiares, por sua cumplicidade no esquema de missão médica do regime cubano no qual profissionais médicos são ‘alugados’ por outros países a preços altos e a maior parte da receita é mantida pelas autoridades cubanas”, informou o comunicado.
O Departamento de Estado foi enfático ao caracterizar o programa como um sistema de exploração, referindo-se aos dirigentes cubanos como “mestres escravistas” e instando os governos a pagarem diretamente aos médicos por seus serviços, não ao regime.
“Instamos os governos a pagar os médicos diretamente por seus serviços, não aos mestres escravistas do regime”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado.
Os Estados Unidos reafirmaram seu compromisso em apoiar o povo cubano em sua busca por liberdade e dignidade, além de promover responsabilização para aqueles que perpetuam sua exploração.
“Os Estados Unidos continuam a engajar governos e tomarão ações conforme necessário para acabar com esse trabalho forçado”, destacou o comunicado oficial.
“Pedimos a todas as nações que apoiam a democracia e os direitos humanos para se juntarem a nós neste esforço para confrontar os abusos do regime cubano e apoiar o povo cubano”, concluiu a declaração.
Contexto do programa médico cubano
O programa de missões médicas cubanas tem sido uma fonte significativa de receita para o governo de Havana há décadas. Médicos cubanos são enviados para países da África, América Latina e Caribe, supostamente em missões humanitárias, mas críticos denunciam que se trata de um esquema de exploração de trabalho.
Os profissionais médicos recebem apenas uma pequena fração dos valores pagos pelos países contratantes, enquanto a maior parte dos recursos é direcionada para os cofres do governo cubano, privando tanto os médicos quanto o sistema de saúde doméstico cubano de recursos adequados.
Fonte – Departamento do Estado Americano