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EUA negociam envio de poderoso sistema de defesa de Israel para Ucrânia

A administração Biden está em negociações com Israel e Ucrânia sobre a possível transferência dos antigos sistemas de defesa aérea Patriot, atualmente em Israel, para a Ucrânia, de acordo com um alto funcionário da administração e uma fonte familiarizada com as discussões. A CNN Brasil informa que essa avaliação ocorre num momento em que os EUA priorizam urgentemente as defesas aéreas para Kiev.

Ainda não foi alcançado um acordo final para transferir esses sistemas cruciais, e os países ainda estão trabalhando na logística específica. No entanto, o funcionário da administração expressou esperança de que os esforços possam ter sucesso, especialmente dada a eficácia das baterias Patriot que já estão operando na Ucrânia.

Os EUA e a Alemanha já enviaram sistemas Patriot para a Ucrânia, mas a administração Biden enfatizou que Kiev precisa de mais, à medida que a Rússia continua a lançar ataques aéreos ao país. Não está claro quanto tempo levaria para finalizar os detalhes e transferir os sistemas para a Ucrânia. Provavelmente, os sistemas precisariam ser enviados primeiro para os EUA para reformas antes de serem transferidos para a Ucrânia.

Se concluída, a transferência representaria uma mudança significativa na posição de Israel em relação à guerra na Ucrânia. Israel tem evitado criticar abertamente a Rússia, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mantém uma posição neutra em relação ao presidente Vladimir Putin. Em 2022, a Rússia alertou que fornecer armas israelenses à Ucrânia “destruiria todas as relações interestaduais entre nossos países”.

Embora Israel tenha participado do grupo multinacional liderado pelos EUA para enviar suprimentos à Ucrânia, o governo israelense tem relutado em fornecer abertamente armas a Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu interceptadores de mísseis Iron Dome meses após o início da invasão russa, mas Israel ofereceu apenas ajuda para desenvolver um sistema de defesa aérea, uma oferta que o embaixador da Ucrânia em Israel considerou “tarde demais”.

Em abril, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que em breve aposentariam seus sistemas Patriot, que foram totalmente integrados às forças armadas pela primeira vez em 1991. A primeira interceptação Patriot israelense ocorreu durante a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas, quando o sistema abateu um drone lançado de Gaza.

No entanto, os mísseis Patriot não são o principal sistema de defesa aérea de Israel. Até agora, as baterias Patriot israelenses realizaram 19 interceptações, incluindo nove durante a guerra atual. Israel depende muito mais do seu sistema de defesa aérea Iron Dome de curto alcance, bem como dos mísseis David’s Sling de médio alcance e Arrow de longo alcance.

Na semana passada, a administração Biden anunciou que estava priorizando as capacidades críticas de defesa aérea da Ucrânia em detrimento de outros países, para “garantir a sobrevivência da Ucrânia”, no que foi descrito como um ajuste político “bastante extraordinário” num momento crítico para a Ucrânia.

“Trabalhamos com todos os nossos parceiros para levar em conta quais são as necessidades de defesa [da Ucrânia] e faremos tudo o que pudermos para apoiá-las”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, major-general Pat Ryder, em uma coletiva de imprensa na última semana. “A mensagem final aqui para nossos aliados e parceiros é: se houver uma ameaça existencial, vamos intensificar e vamos ajudá-los”.

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