EUA: reconhecimento do Estado palestino dificulta cessar-fogo no Oriente Médio

Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio alertou para um possível agravamento da crise, caso o debate se intensifique

Durante visita ao Equador nesta quinta-feira, 4, o secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Marco Rubio, expressou preocupação a líderes estrangeiros sobre o reconhecimento unilateral do Estado palestino. Ele disse que tal decisão pode agravar a crise e dificultar avanços para um cessar-fogo na região.

“Falamos a todos esses países, dissemos a todos eles, que se vocês fizerem essa coisa de reconhecimento, é tudo falso, nem mesmo é real, se vocês fizerem isso, criarão problemas”, afirmou Rubio, em declaração à imprensa depois de encontro com o presidente equatoriano, Daniel Noboa, em Quito.

“Haverá uma resposta, isso tornará mais difícil conseguir um cessar-fogo e pode até mesmo desencadear esses tipos de ações que vocês já viram, ou pelo menos essas tentativas de ações.”

Tensão no Oriente Médio e articulação dos EUA

Rubio também preferiu não comentar os debates internos de Israel acerca da possível anexação da Cisjordânia. Ele apenas ressaltou que o tema ainda não possui definição concreta. A tensão no Oriente Médio permanece intensa desde o início dos confrontos, em 7 de outubro de 2023.

Naquela data, o Hamas realizou um ataque em território israelense, por meio do qual matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250 reféns. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel desencadearam uma ofensiva militar, com bombardeios e operações terrestres, para resgatar os capturados e enfraquecer o comando do grupo terrorista.

Parte dos reféns sequestrados está em liberdade, graças a dois acordos de cessar-fogo. Ações militares liberaram alguns outros. Atualmente, autoridades estimam que aproximadamente 50 reféns ainda permanecem em Gaza, com cerca de 20 possivelmente vivos.

Israel sustenta que o conflito pode acabar, caso o Hamas se renda. Enquanto isso, o grupo estipula como condição para o diálogo a melhora nas condições em Gaza.

Crédito Revista Oeste

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