Aliados de Freire Gomes relataram que o ex-comandante do Exército vem se preparando para enfrentar uma artilharia de militares que foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito do “golpe”.
Para integrantes das Forças Armadas alinhados a Freire Gomes, a investida contra o general da reserva é vista como “retaliação”, após ele se colocar contra o suposto plano de um golpe de Estado. Em depoimento à PF, ele detalhou que foi contra a proposta da “minuta golpista” . O ex-chefe da Aeronáutica Baptista Júnior também se colocou contra, diferentemente do ex-comandante da Marinha, Almir Santos Garnier.
Garnier, que faz parte dos rol de indiciados, sinalizou a pessoas próximas que pretende complicar a vida de Freire Gomes na Justiça. O foco desses militares acusados de “golpe” é apontar que o ex-comandante do Exército tinha conhecimento sobre e teria sido omisso, por não denunciá-lo. Os militares indiciados ainda pretendem alegar que Freire Gomes não teve o protagonismo de frear a investida como relata a PF, em seu relatório final.
A própria PF mudou de visão sobre o papel de Freire Gomes ao longo da investigação. Primeiramente, ele era tratado como suspeito e apontado como alguém que poderia ter omitido seu conhecimento sobre a alegada trama. Investigadores relataram à coluna que essa linha de apuração foi excluída depois do depoimento de Freire Gomes, neste ano.
Informado que está na mira do grupo, o general da reserva tem optado por submergir. Freire Gomes está passando uma temporada no Ceará e depois deve seguir para a Europa, onde tem família.