Ivan Duque afirmou que governos que evitam o confronto com o crime criam “falsa sensação de paz”
O ex-presidente da Colômbia, Ivan Duque, afirmou na noite desta quinta-feira (6) que deixar o crime organizado continuar crescendo é um “erro”. Para o ex-chefe de Estado, a luta do Rio de Janeiro para desarticular grupos criminais acontece “em boa hora”, se referindo a megaoperação que deixou 121 mortos.
“Deixá-los continuarem crescendo é um erro, e creio que em boa hora o RJ está lutando para desarticular esses grupos criminais, e eu aplaudo”, declarou o ex-presidente.
Ivan Duque participou nesta noite, ao lado do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, do I Fórum de Buenos Aires, na Argentina.
Questionado sobre como a Colômbia pode ensinar o Brasil sobre o combate ao crime organizado, o ex-presidente disse que o primeiro passo é parar de pensar que “a segurança é um discurso que pertence apenas à direita”.
Segundo Duque, é necessário que o Estado e o poder judiciário protejam os mais vulneráveis, “pois aqueles que possuem mais condições tem veículos para se protegerem”.
“Claro que ver essa quantidade de mortos é triste, desolador, mas eu prefiro ver uma autoridade e ver o poder político, o poder da polícia e o poder judicial comprometido com o desmantelamento das estruturas criminais que seguidamente […] criam barreiras invisíveis e acabam afetando a democracia e a estabilidade”, afirmou o ex-presidente, que disse ainda “aplaudir” a luta do Rio de Janeiro para desarticular grupos criminais.
Ivan Duque concluiu, ainda, afirmando que atualmente muitos governos populistas radicais, para se perpetuarem no poder, têm feito alianças com organizações criminais. O ex-presidente acusou os governos de serem permissivos com organizações criminosas ou “ativos em dá-los tratamentos privilegiados, permitindo que ataquem e intimidem outros atores políticos”.





