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Ex-presidente da Câmara defende ministério para Lira no governo Lula

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT) defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dê ao deputado Arthur Lira (PP-AL) um ministério em 2025, quando irá terminar o período dele na presidência da Casa Baixa do Legislativo. Segundo Cunha, a medida visa aproximar a gestão petista ao Centrão.

“O ideal é Lira assumir um ministério em 2025 porque temos de trazer o Centrão para mais perto [do governo do PT]”, disse Cunha em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. “Precisamos consolidar essa banda do Centrão que dialoga com a gente para a disputa de 2026″, acrescentou.

Cunha também defende que “o governo precisa tomar um chacoalhão” e o PT necessita se reformular logo após as eleições municipais. Apesar de aumentar o número de prefeituras, a sigla perdeu espaço para os partidos de centro e de direita em diversas cidades.

“O PT envelheceu muito rapidamente, não conseguiu fazer o pacto geracional e sofre as consequências de uma mudança que nem todos captaram. É um fenômeno mundial”, afirmou o ex-parlamentar.

Os rumores sobre a concessão de um possível ministério para Lira no governo Lula não são novos. Nos bastidores da Câmara, a avaliação é de que o deputado alagoano busca uma saída honrosa do cargo de presidente, já que, após o término do mandato, o parlamentar deixará ter o mesmo prestígio.

Além disso, o cargo na Esplanada dos Ministérios daria a Lira uma plataforma mais sólida para disputar o Senado em 2026 contra o senador Renan Calheiros (MDB), seu principal adversário em Alagoas.

Quem é João Paulo Cunha

Metalúrgico de São Paulo, João Paulo Cunha foi um dos nomes do núcleo duro petista no segundo mandato do governo Lula. Ele estava na reta final de seu mandato como presidente da Câmara dos Deputados (2005-2007) quando o escândalo do mensalão veio à tona.

Ele chegou a ser preso em 2014, após ser considerado culpado pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Em dezembro de 2015, João Paulo Cunha foi beneficiado pelo indulto natalino assinado pela então presidente Dilma Rousseff (PT). Já em 2016, o petista teve a pena perdoada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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