Exército temia desordem na tropa com Bolsonaro detido em quartel

Risco de influência sobre militares “pesou” para Moraes determinar que ex-presidente cumpra pena na Polícia Federal

A presença de Jair Bolsonaro (PL) em um quartel poderia perturbar a hierarquia militar e manter viva sua influência sobre oficiais e praças. Foi esse o suposto receio do Alto Comando do Exército e um dos fatores que levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a determinar que o ex-presidente cumpra sua pena na Superintendência da Polícia Federal, onde está detido desde sábado (22.nov) após descumprir medidas cautelares. A decisão foi anunciada nesta 3ª feira (25.nov.2025).

Bolsonaro foi condenado  em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão por suposta tentativa de golpe de Estado. A execução será em regime inicial fechado, na mesma Sala de Estado Maior onde o ex-presidente cumpria prisão preventiva. 

Embora o Estatuto dos Militares determine que oficiais das Forças Armadas cumpram pena em instalações militares, prevaleceu a interpretação de que Bolsonaro deve ser tratado como ex-presidente da República, e não como capitão da reserva.

Esses pontos foram discutidos em reunião ocorrida na semana passada entre o ministro da Defesa, José Múcio, o ministro Alexandre de Moraes, e o comandante do Exército, general Tomás Paiva. Segundo apurou o Poder360, Tomás disse a Moraes: “A decisão é sua. Se ele precisar ficar no Exército, estaremos prontos.” A frase foi lida como sinal de que não haveria resistência institucional, mas que a Força preferia evitar uma custódia politicamente explosiva.

Crédito Poder360

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