O partido está impedido de executar certos tipos de publicações na rede social. O Chega sugere que há responsabilidade política de outros partidos e promete avançar para a Justiça.
O Facebook restringiu a atividade do Chega na rede social durante dez anos. Ventura fala em “censura” e promete levar o assunto à Justiça e ao Parlamento.
“A tua conta está restringida durante 3649 dias. A atividade da tua conta desrespeitou os nossos Padrões de Comunidade. Portanto, não podes executar uma ou várias ações habituais”, disse ao Chega a Meta, empresa dona do Facebook, que não esclarece o motivo da decisão.
O Correio da Manhã, que avançou a notícia, depois confirmada pelo partido em comunicado, escreve que em causa estará a publicação de um vídeo na página do partido sobre um polémico caso recente de violência numa família de etnia cigana.
Em comunicado, a direção nacional do Chega fala numa “decisão absolutamente incompreensível” e de uma “perseguição inqualificável e sem precedentes a um partido político em Portugal”.
“Já por diversas vezes a Meta tentou interferir na liberdade de expressão que é conferida a qualquer partido político, mas desta vez foi longe demais. Esta é uma decisão claramente ilegal e inadmissivelmente limitadora da atividade política de um partido e, por isso, o CHEGA vai recorrer judicialmente desta decisão”, informa o partido, no comunicado divulgado.
O partido de André Ventura diz também querer “esclarecer se existiram ou não pressões políticas” que levaram à decisão da Meta.
“Exigimos esclarecimentos e vamos levar o assunto ao Parlamento”, promete o Chega.
Na página do Chega no Facebook, o partido vai ainda mais longe e acusa mesmo “os donos do Facebook” de estarem “dominados pelos interesses de esquerda”.
Recorrendo à própria página no Facebook, o líder do Chega acusou a Meta de “censura” e apelou à ajuda dos apoiantes do partido.