Proposta de Emenda à Constituição que estabiliza orçamento para as Forças Armadas está parada no Senado. Clique para saber mais
Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previsibilidade não for aprovada, as Forças Armadas correm o risco de entrar em um processo de sucateamento, em virtude da falta de orçamento.
Essa é a percepção de militares ouvidos por Oeste em caráter reservado.
A PEC estabelece a aplicação de 2% do Produto Interno Bruto para a Defesa do país. O texto, contudo, está parado no Senado desde 2023. O relator da matéria é Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso.
“Sem recursos para a compra de equipamentos, mais para frente as Forças Armadas correm o risco de entrar em um processo de sucateamento”, advertiu um oficial de alta patente, ao mencionar que os países da Otan recomendam que 2% do PIB seja destinado à Defesa. O Brasil, no entanto, investe 1,1%.
Um militar da Marinha observou que há contratos a serem honrados, novas tecnologias à disposição que tornam o arsenal atual das Forças defasado e atrasos de equipamentos que deveriam estar prontos há mais de dez anos, porém, não estão.
Ministro da Defesa faz apelo para garantir orçamento para as Forças Armadas
Em maio, o Executivo anunciou a contenção total de pouco mais de R$ 30 bilhões visando a cumprir o arcabouço fiscal.
A Defesa foi a segunda área mais afetada, atrás apenas do Ministério das Cidades.
“Nós estamos passando aí por algumas dificuldades financeiras”, admitiu o ministro José Mucio, a jornalistas. “Existe uma prioridade de saúde e educação. Sabemos que estamos no fim da fila de prioridades, mas o trabalho nosso é avisar da precariedade.”