Entidade afirmou pelo X que a “reeleição” do ditador venezuelano no domingo (28.jul) foi uma “vitória da democracia”
O Foro de São Paulo deu parabéns nesta 2ª feira (29.jul.2024) ao Ditador Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), pela sua reeleição. A entidade, que reúne partidos e movimentos sociais de esquerda da América Latina, chamou o resultado de “vitória da democracia”.
“Com alegria parabenizamos a vitória do companheiro Nicolás Maduro, presidente reeleito pelo povo venezuelano, dando continuidade à revolução bolivariana! Celebramos a ampla participação popular e a vitória da democracia, em defesa da paz e da soberania!”, afirmou no X (antigo Twitter), em tradução livre.
O grupo é composto por 123 partidos de 27 países. Foi criado na década de 1990 a partir de uma convocatória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, no contexto da queda do Muro de Berlim e da reorganização geopolítica mundial com o início do enfraquecimento do comunismo na Europa.
No Brasil, compõem o foro PDT, PCB, PC do B, Cidadania e PT.
A entidade faz encontros anuais. Em 2023, contou com a presença de Lula, que discursou durante a abertura do evento e cobrou a união da esquerda na América Latina.
REELEIÇÃO DE MADURO
No poder desde 2023, o chavista foi reeleito para mais um mandato de 6 anos. De acordo com o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 51,2% dos votos (5.150.092), contra 44,2% (4.445.978) do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).
O resultado, contudo, tem sido contestado pela oposição e por líderes de outros países. Pelo mundo, representantes de 14 países não reconhecem a vitória de Maduro e cobram transparência na apuração das urnas. Outras 8 lideranças, sobretudo de países com governos autoritários, como Nicarágua, Cuba, Rússia, China, Honduras e Bolívia, deram parabéns a Maduro.
Já o Brasil prefere esperar o resultado oficial das eleições venezuelanas para se manifestar, segundo nota do Itamaraty.
Uma resposta
A OCRIM não poderia agir de forma diferente!