França construirá prisão de segurança máxima na Amazônia

A França anunciou um projeto de construção de uma prisão na Amazônia para traficantes e extremistas islâmicos

O ministro de Justiça da França, Gérald Darmanin, anunciou durante uma visita à Guiana Francesa, no final de semana, um plano nacional de construção de um presídio na Amazônia para traficantes e extremistas.

Segundo o jornal francês Le Parisien, que recebeu detalhes do projeto, esta será a terceira prisão de alta segurança do país – já foram construídas a Vendin-le-Vieil (Pas-de-Calais, um departamento no norte da França) e Condé-sur-Sarthe (Orne,a Normandia).

O centro penitenciário fará parte de um projeto de anos da França na Guiana Francesa: a construção da prisão de Saint-Laurent-du-Maroni, desenvolvida em 2017 por meio de uma parceria entre as duas partes. A área de segurança máxima anunciada no domingo será integrada ao plano inicial, que deve ser finalizado até 2028.

O ministro destacou em sua visita ao território ultramarino francês que a prisão receberá criminosos “de todos os níveis” do crime organizado. Segundo o Le Parisien, o objetivo do plano é resolver a superlotação na prisão de Rémire-Montjoly, perto de Caiena, capital guianense – dados do Ministério da Justiça apontam que até junho do ano passado, a população carcerária tinha uma densidade de 134,7%.

Detalhes do futuro presídio

O Le Parisien divulgou detalhes do projeto penitenciário do governo francês, nesta segunda-feira (19).

De acordo com o jornal, o presídio será construído em um terreno de várias dezenas de hectares no meio da selva amazônica, na fronteira com o Suriname. Ele terá capacidade para receber até 500 criminosos e terá um custo estimado de 400 milhões de euros.

Das 500 vagas previstas, 60 serão reservadas para extremistas e traficantes. Segundo o gabinete do ministro da Justiça, “quinze lugares serão dedicados a islâmicos/indivíduos radicalizados”, condenados por terrorismo jihadista. As demais vagas será destinadas a traficantes de drogas.

Uma fonte disse ao jornal francês que não há previsão de que criminosos que já estão detidos na França sejam transferidos para a nova prisão na Guiana Francesa.

Outros detalhes divulgados apontam que caminhadas e visitas pelo centro penitenciário serão bastante limitados. Além disso, será garantida vigilância eletrônica 24 horas e isolamento “muito rigoroso”. Também se espera que o prédio seja equipado com bloqueadores de celulares e drones.

Crédito Gazeta do Povo

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