Em resposta às críticas, o deputado Pedro Frazão afirmou que o país europeu ‘não aceita sermões de brasileiros próximos de Lula’
No encerramento do 2º Fórum para o Futuro da Tributação, realizado em Lisboa na sexta-feira 3, o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou os serviços de imigração de Portugal.
Em entrevista à CNN Portugal, o magistrado brasileiro classificou o sistema como “desorganizado e caótico”. Além disso, enfatizou a necessidade de reparação imediata diante dos atrasos, falhas recorrentes e da insegurança jurídica enfrentada por brasileiros e pessoas de outras nacionalidades que buscam regularização no país.
Fontes ouvidas pelo canal 24Horas informaram que a Embaixada do Brasil em Lisboa se colocou à disposição para colaborar com Portugal, oferecendo apoio para acelerar os trâmites e sugerindo ações preventivas.
Indagado sobre as recentes mudanças na Lei de Estrangeiros, responsáveis por gerar apreensão na comunidade brasileira, Gilmar Mendes preferiu não comentar detalhes. Por fim, o magistrado enviou um recado à população portuguesa sobre o contexto eleitoral.
“Espero que episódios como os que nós vivemos sirvam de lição para eleitores de várias nações amigas do mundo”, afirmou o membro do STF à CNN Portugal. “Espero que saibam fazer as escolhas devidas para evitar que tenhamos ameaças ou que existam constrangimentos às práticas democráticas.”
Líder da oposição portuguesa rebate críticas de Gilmar Mendes
Pedro Frazão, deputado português e vice-presidente do partido Chega, de direita, respondeu às declarações de Gilmar Mendes. O parlamentar usou as redes sociais para criticar o ministro.
O dirigente partidário afirmou que “Portugal não precisa de sermões do Brasil, precisa de ordem, de lei e de respeito pelo povo português”.
“Um juiz brasileiro, Gilmar Mendes, vem insultar Portugal?”, indaga Frazão, em publicação no X. “Caótico é o Brasil das favelas, onde a Justiça liberta corruptos e criminosos todos os dias. Portugal não recebe lições de quem devia pôr ordem na sua própria casa. Portugal é soberano e não aceita sermões de brasileiros próximos de Lula.”