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Governo do RS diz que governo Lula não fez doação de 50 bilhões ao estado: “foi emprestado”

Governo do RS diz que governo Lula não fez doação de 50 bilhões ao estado: “foi emprestado”

Com informações do Terra, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, comentou na sexta-feira, 10, sobre a Medida Provisória (MP) anunciada que destina R$ 50,9 bilhões em recursos federais para auxiliar o Estado.

Embora Leite tenha reconhecido a “boa vontade” na MP, ele ressaltou que ainda precisam resolver algumas “questões” com o Palácio do Planalto, especialmente em relação às necessidades do Estado diante da catástrofe climática.

Durante uma entrevista com Datena, apresentador do programa Brasil Urgente na TV Band, questionaram Leite sobre se os recursos anunciados pelo governo federal na quinta-feira, dia 9, seriam “suficientes” para o Rio Grande do Sul. Ele destacou que, apesar de serem “gestos importantes do presidente Lula”, os R$ 50,9 bilhões não irão para o governo do Estado, mas sim para o “financiamento de empresas afetadas, empréstimos, antecipação de Bolsa Família e restituição de Imposto de Renda.”

Leite esclareceu que o dinheiro não é “dado” ao governo, mas sim uma antecipação de recursos que já pertencem às pessoas.

Ele enfatizou que isso não diminui a importância da medida, mas serve para ajustar expectativas, evitando que alguém interprete erroneamente que o dinheiro será depositado na conta do governo para a reconstrução.

Questionado se considera a ação do governo federal ‘insuficiente’, Leite disse que “há muita compreensão do presidente Lula” e reconheceu a complexidade de tomar ações em “diferentes frentes” e liberar recursos. No entanto, ele afirmou que ainda existem questões pendentes no combate à crise.

Leite explicou que o recurso é um empréstimo e que o Estado estima pelo menos R$ 19 bilhões em custos adicionais para reconstruir estradas, pontes, escolas, construir casas, equipamentos públicos e outras ações. Ele também mencionou que, embora haja boa vontade nas discussões, ainda não foi definido como isso será feito.

O governador também disse que está em diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para encontrar soluções que permitam ao Rio Grande do Sul ter um “período mais longo sem o pagamento da dívida à União”. Ele reforçou que não faz sentido que o Estado, enquanto precisa pagar por infraestrutura, recursos humanos e apoio às famílias, seja cobrado pela União para o pagamento de uma dívida monumental contraída num passado distante.

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