A Justiça italiana decidiu, na última semana, manter a deputada encarcerada
O governo brasileiro pagou R$ 200 mil para contratar o escritório de advocacia Gentiloni Silveri, na Itália, responsável por representar o governo nas etapas iniciais do processo referente à deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela foi presa em solo italiano em julho, depois de ter sido condenada no Brasil a 15 anos de prisão e à perda de mandato parlamentar.
O valor no contrato, firmado pela Advocacia-Geral da União (AGU), refere-se à fase cautelar do processo, que examina a manutenção da prisão da deputada. Até o momento, ainda não se sabe o custo total para a ação principal que envolve o pedido de extradição, pois as negociações para esse estágio continuam em andamento.
A expectativa, conforme a apuração do portal Metrópoles, é de que o trâmite judicial se estenda por longo período, o que poderá influenciar no valor final do contrato com o escritório italiano. A extradição de Zambelli depende do desfecho dessas etapas jurídicas, que ainda estão em curso.
A AGU também fechou contrato com o escritório Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, nos EUA, para o qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso trabalhou anteriormente. Os advogados, contratados sem licitação, vão defender o Brasil contra as tarifas impostas pelo governo norte-americano e representar os magistrados da Corte que foram sancionados por Washington.
Justiça da Itália mantém Zambelli presa
Carla Zambelli foi sentenciada pelo STF, em maio, por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica. Na semana anterior, recebeu nova condenação de 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, devido à perseguição armada a um homem em 2022.
Na última quinta-feira, 28, a Justiça italiana decidiu manter a parlamentar presa, sob alegação de “risco máximo de fuga”. Os três magistrados responsáveis pela audiência avaliaram laudos médicos e concluíram que Zambelli está apta a permanecer detida.