Governo Lula anuncia Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações

Juscelino Filho pediu demissão depois de ser denunciado por corrupção pela PGR (Procuradoria Geral da República)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta 5ª feira (10.abr.2025) que Pedro Lucas (União Brasil-MA), 45 anos, será o novo ministro das Comunicações. O deputado assume a vaga de Juscelino Filho (União Brasil-MA), que pediu demissão do cargo na 3ª feira (8.abr) depois de ser denunciado por corrupção pela PGR (Procuradoria Geral da República).

Em acordo com o governo, Pedro Lucas assumirá o cargo depois da Páscoa. Ele pediu esse tempo para poder acertar sua saída da liderança do União Brasil na Câmara. No período, o ministério fica a cargo da secretária-executiva das Comunicações, Sônia Faustino Mendes.

“O Pedro Lucas só pediu até depois da Páscoa para assumir o ministério porque tem que encaminhar algumas questões pessoais, enfim, de mandato e também em relação à liderança da bancada”, afirmou a ministra.

A decisão comunicada por Gleisi saiu de uma reunião na tarde desta 5ª feira (10.abr) no Palácio da Alvorada, em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Juscelino Filho e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Sobre o futuro do União Brasil na Câmara, a ministra firmou que o governo não se meterá no debate sobre quem deve ser o novo líder da sigla. A legenda tem aliados e opositores do governo e há o risco de alguém desse 2º grupo assumir a liderança.

“O governo não vai se meter numa discussão da designação da liderança. O União Brasil tem que fazer essa discussão e designar o seu líder”, disse.

Reforma ministerial atropelada

A saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações faz com que Lula tenha que adiantar decisões sobre a reforma ministerial.

No início da noite de 3ª feira (8.abr), Juscelino publicou uma carta de demissão aberta em que diz ter tido o apoio incondicional do presidente durante seu tempo no ministério e que a decisão de sair é para proteger o projeto de país pensado pelo petista.

A decisão havia sido comunicada em almoço com Gleisi Hoffmann e a cúpula do União Brasil em Brasília. A ideia de Juscelino era afastar-se para poder se defender da denúncia da PGR e evitar constrangimento para Lula.

O almoço entre Gleisi, o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o líder do partido na Câmara, Pedro Lucas (MA), já estava marcado há 15 dias. Diante da denúncia, porém, o ministro foi convidado a participar.

Também foram chamados para o encontro o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), e Alcolumbre.

No almoço, ficou decidido que o Ministério das Comunicações continuará com o União Brasil. Pedro Lucas já era o mais cotado para assumir o cargo.

A avaliação no Planalto é de que a quantidade de ministérios para o União Brasil estava adequada para o tamanho do apoio que parte da legenda dá ao governo. O caminho inercial seria trocar Juscelino por outro nome do partido.

No radar de Lula, entretanto, a ideia era deixar o Centrão para depois, quando já pudesse organizar apoios para 2026. Por agora, seguiria trocando nomes de ministérios petistas:

  • Desenvolvimento Agrário – deve sair Paulo Teixeira e entrar Edegar Pretto, presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento);
  • Mulheres – deve sair Cida Gonçalves e entrar outra petista, de nome ainda não definido.

Com a saída de Juscelino, o presidente será obrigado a decidir o que fazer com partidos como o PSD e o União Brasil. O 1º almeja o Turismo, que já está com Sabino.

Crédito Poder360

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