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Governo Lula evita condenar Irã em nota sobre ataque a Israel

Foto - Ricardo Stuckert / PR

Mensagem destoa dos posicionamentos feitos por outros países ocidentais

A nota oficial do Ministério das Relações Exteriores do governo Lula (PT) sobre o massivo ataque realizado neste sábado (13) pelo Irã contra Israel evitou condenar o regime iraniano pela ofensiva e afirmou apenas que “apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção”. O comunicado, por sinal, sequer manifesta qualquer posicionamento de apoio aos israelenses.

– O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria. Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã – diz.

A nota diz ainda que “o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras”.

– O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado – completa a pasta.

O posicionamento brasileiro, que passa bem longe daquele emitido por outras nações ocidentais como França, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, que condenaram veementemente a postura do Irã, retrata a relação diplomática atual entre Brasil e Israel, que piorou depois que o presidente Lula comparou a resposta de Israel aos ataques do grupo terrorista Hamas ao massacre de judeus pelos nazistas.

Após essa fala do petista, à época, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou o embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, para uma reprimenda no Memorial do Holocausto, o Yad Vashem. Além disso, o presidente brasileiro foi considerado persona non grata pelos israelenses após o episódio.

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