Tema está sendo tratado com cautela para não ser associado ao crime
O governo federal discute se vai prestar assistência aos familiares dos 117 narcoterroristas mortos na megaoperação policial feita pelo governo do Rio de Janeiro, sob gestão de Cláudio Castro (PL). A ação ocorreu no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.
De acordo com o Metrópoles, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, defende que a União apoie formalmente as famílias afetadas. Ela visitou a comunidade na quinta-feira (30) para ouvir relatos de moradores e classificou a operação como “um fracasso”. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participou da visita.
Apesar da pressão de setores do governo, o Palácio do Planalto trata o tema com cautela. A avaliação é que uma ação direta da União poderia gerar desgaste político e associar o governo Lula ao tráfico e ao crime organizado. Por isso, a tendência é que a ajuda, se houver, seja responsabilidade do governo estadual.
O presidente Lula (PT) comentou o caso em entrevista a veículos internacionais nesta terça-feira (4). Ele chamou a operação, que deixou 121 mortos, de “desastrosa” e afirmou que o país viveu “uma matança”.





