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Governo Lula quer gastar $200 milhões para salvar sua crise de popularidade

Até agora, 23 empresas já demonstraram interesse no contrato de cerca de R$ 197 milhões

O governo Lula prepara um contrato milionário na área de comunicação para tentar alavancar a popularidade do presidente por conta de pesquisas apontarem crescimento de sua desaprovação e queda da aprovação.

Em Brasília, consideram a licitação com preço de referência de R$ 197 milhões como uma das principais do mercado neste ano.

O objetivo é buscar uma agência para cuidar da área digital do governo e fazer a gestão e monitoramento de suas ações e políticas públicas.

Até agora, 23 empresas já demonstraram interesse no contrato, segundo fontes do governo.

Órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Secretaria Especial de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência da República avalizaram o edital. A expectativa é de que o resultado saia na segunda quinzena de abril.

Um dos aspectos do contrato é o impulsionamento de conteúdo nas redes sociais. Uma percepção consolidada na área de comunicação do governo é que boa parte das postagens e material gerado para divulgar ações oficiais tem o alcance diminuído pelo algoritmo das redes. Com isso, o conteúdo não consegue furar as bolhas e continua sendo visto sempre pelo mesmo público, sem ampliar o alcance.

Por exemplo, constataram que muitos programas beneficiam integrantes do CadÚnico, o Cadastro Único dos beneficiários de políticas sociais.

O governo pretende que a nova agência direcione as ações para essa faixa da população, especificamente para os beneficiários dos programas, tai como:

  • o Pé de Meia (poupança para o ensino médio),
  • a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida,
  • e o Farmácia Popular.

O Governo percebe a necessidade de trabalhar a comunicação setorizada e priorizar na divulgação dos programas as faixas da população que os recebem, para que elas possam reconhecer a origem dos benefícios.

Pesquisas

A expectativa no Palácio do Planalto é de que a nova estratégia de digital ajude a recuperar a popularidade do governo que vem caindo segundo as pesquisas mais recentes.

O governo, porém, não considera a comunicação como o fator principal para a queda. Na avaliação dele é de que as entregas não chegaram ainda na ponta da população.

Há o entendimento de que governos em geral têm quedas no segundo ano porque há uma expectativa positiva com o primeiro ano de gestão ao mesmo tempo em que há impossibilidade de que as ações cheguem de imediato na ponta

Além disso, houve a revisão de alguns programas que, segundo fontes governistas, ajudaram nesse cenário. Um deles, o Bolsa Família, ampliado por Jair Bolsonaro em 2022 e que passou por cortes em 2023. Tanto que a queda considerável na popularidade de Lula foi na região Nordeste, seu reduto eleitoral.

O governo contudo aposta em uma reversão desse cenário. Boa parte dos principais programas que devem chegar na ponta neste ano têm a maioria de beneficiários na região, caso da escola em tempo integral e Minha Casa Minha Vida.

Assim, a despeito da queda nos indicadores, o Planalto considera que a perspectiva é de recuperação da popularidade.

Para o Governo, as declarações polêmicas de Lula, especialmente sobre Israel, que pesquisas apontam como contribuintes para sua desaprovação, não constituem fatores determinantes na queda de sua popularidade.

E ainda assim, interlocutores do presidente relataram que o presidente já disse que continuará a dizer o que pensa. E avaliam que o impacto de suas falas sobre o conflito em Gaza tem ajudado a atrair a atenção no Brasil e do mundo.

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Uma resposta

  1. É impressionante como alguém de uma origem tão humilde tenha interesses tão dispendiosos… seria influência do seu conterrâneo cangaceiro?

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