Governo Trump estuda devolver visto de Fachin em aceno ao STF

Casa Branca vê gesto como forma de distensionar relação com o próximo presidente do Supremo; oito ministros do STF tiveram vistos revogados

O governo de Donald Trump estuda reativar o visto do ministro Edson Fachin, eleito na quarta-feira (13/8) para presidir o STF, a partir de 28 de setembro, pelos próximos dois anos. A medida foi discutida em reunião de integrantes do Departamento de Estado com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e o jornalista Paulo Figueiredo.

A iniciativa é vista como um aceno ao futuro chefe da Corte. Na avaliação de integrantes do Departamento de Estado norte-americano, Fachin não estaria tensionando as relações entre Brasil e Estados Unidos.

Segundo apuração da coluna, a avaliação de Washington é que a reativação do visto pode ajudar a distensionar o cenário institucional e, ao mesmo tempo, isolar o futuro vice-presidente do STF, Alexandre de Moraes.

Inquérito das Fake News

Fachin só entrou na lista de ministros com vistos suspensos por ter votado, em 2020, a favor da constitucionalidade do inquérito das Fake News, relatado por Moraes, e pela extinção de ações que contestavam sua abertura.

Pesa a seu favor o fato de não ter se posicionado pela derrubada do X (antigo Twitter) no Brasil nem pelo bloqueio de perfis em redes sociais.

Entre os 11 ministros do STF, apenas André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Luiz Fux não tiveram os vistos revogados.

Os demais — Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Cristiano Zanin — tiveram o documento suspenso pelo governo norte-americano.

Além deles, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, está na lista de autoridades que perderam o documento de entrada nos Estados Unidos.

Apesar da pressão de Trump, a maioria dos integrantes da Corte demonstra apoio a Moraes.

Crédito Matrópoles

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