Guiana, país aliado dos EUA, denuncia “disparos” desde a Venezuela contra embarcação com material eleitoral

Guiana elegerá novo presidente em meio ao assédio de Nicolás Maduro que quer se apoderar do Essequibo.

As forças armadas e a polícia da Guiana denunciaram no domingo, 31 de agosto, “disparos” desde a Venezuela contra uma embarcação guianense que transportava material eleitoral para as eleições gerais de segunda-feira.

Segundo um comunicado conjunto, o incidente ocorreu por volta das 14h30, horário local, perto da localidade de Bamboo, no rio Cuyuni, na disputada e rica região petrolífera do Essequibo, motivo de disputa territorial entre Venezuela e Guiana.

A lancha patrulha, que transportava pessoal militar e policial, escoltava funcionários eleitorais da Guiana que distribuíam material eleitoral em locais remotos quando foi atacada desde a costa venezuelana.

“A patrulha respondeu ao fogo imediatamente e conseguiu colocar a equipe de escolta fora de perigo. Nenhum membro do pessoal ficou ferido e nenhum material eleitoral foi danificado ou comprometido“, declarou o comunicado.

“Apesar do incidente, a equipe continuou sua viagem de forma segura e todas as urnas restantes foram entregues com sucesso aos seus colégios eleitorais designados”, acrescentou.

“A equipe de escolta, composta por efetivos da Força de Defesa da Guiana e da Força Policial da Guiana, realizava tarefas oficiais de apoio à distribuição de cédulas da GECOM aos colégios eleitorais remotos da Região 7“, diz o comunicado.

“Os Serviços Conjuntos permanecem alertas e continuam coordenando estreitamente com a GECOM para garantir a segurança de todas as operações eleitorais. Está sendo realizada uma investigação sobre o incidente“, diz o relatório publicado pelo governo guianense.

O presidente em exercício da Guiana, Irfaan Ali, adotou uma postura firme contra a Venezuela e conta com o apoio dos Estados Unidos nas reivindicações de seu país sobre o território do Essequibo.

Por sua vez, a Venezuela tem se mostrado cada vez mais firme em relação à disputa e este ano elegeu um governador para a região, apesar de Caracas não ter autoridade ali.

A Guiana, um país de 850.000 habitantes que possui as maiores reservas de petróleo per capita do planeta, realizará eleições para eleger novo presidente e parlamento.

A maioria das reservas de petróleo se encontra no Essequibo.

Por sua vez, Delcy Rodríguez criticou há poucos dias a “inquestionável submissão” do Executivo da Guiana aos Estados Unidos, depois que representantes de ambos os governos compartilharam nas redes sociais, com apenas algumas horas de diferença, um mesmo comunicado sobre crime organizado no qual se faz menção especial ao venezuelano Cartel dos Sóis.

“Irfaan Ali, peão de (o secretário de Estado estadunidense) Marco Rubio, não poupa ocasião para se ajoelhar a seus mestres estadunidenses”, disse Rodríguez em uma mensagem no Telegram.

Crédito Semana

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