Proposta do governo brasileiro deve incluir compras públicas e adiamento de impostos; texto deve ser divulgado até esta terça-feira (12).
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse à CNN que o plano de contingência contra o tarifaço de Donald Trump terá prioridade na Casa Legislativa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá nesta segunda-feira (11), com o vice-presidente Geraldo Alckmin, para fechar o pacote de medidas.
A ideia é de que o plano do governo inclua a proibição de demissões, o adiamento do pagamento de tributos federais e as compras públicas de alimentos como carne e café.
“Essa pauta ainda não chegou [no Poder Legislativo]. Caso seja encaminhada, daremos prioridade”, disse Hugo.
O mesmo aceno já foi dado ao Palácio do Planalto pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP). A ideia é de que as medidas sejam aprovadas já em agosto, para entrarem em vigor em setembro.
Ao todo, o tarifaço americano deve gerar um impacto de R$ 22 bilhões, ameaçando 146 mil empregos na indústria e no agronegócio brasileiros.
Para tentar compensar as perdas, o Brasil tem buscado novos parceiros, como México, Índia, China, Rússia, Vietnã, Japão e Indonésia.
A China, por exemplo, já acenou com o aumento das compras de carne e café. Alckmin deve viajar ainda neste mês ao México.
A expectativa é de que o vice-presidente aproveite a viagem para tentar um encontro nos Estados Unidos, na tentativa de negociar novas exceções aos produtos brasileiros.
Na próxima quarta-feira (13), com o mesmo objetivo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem marcada uma conversa com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.