INSS abriu exceção de segurança para sindicato do irmão de Lula

De acordo com a Polícia Federal, o INSS abriu exceções de segurança para sindicato do irmão de Lula.

No relatório que detalha um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Polícia Federal revela que o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindinapi), cujo vice-presidente é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atuou sem cumprir os requisitos exigidos para realizar descontos em benefícios.

De acordo com um ofício da Dataprev, estatal responsável pelos dados previdenciários, desde 2024 o Sindinapi e a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) não cumpriram os requisitos técnicos de segurança.

A Instrução Normativa PRES/INSS nº 162, de março de 2024, estabeleceu a biometria como necessária para autorizar descontos em aposentadorias e pensões.

No entanto, o INSS, atendendo a pedidos de entidades, criou uma “solução biométrica transitória” que permitiu novos descontos associativos a partir de junho de 2024, mesmo sem a validação biométrica.

Irmão de Lula não está sendo investigado por fraude no INSS

Frei Chico, irmão do presidente Lula, está ligado ao Sindinapi. Apesar disso, ele não é investigado pela Polícia Federal. Além do Sindinapi, as entidades Amar BR e Masterprev também se beneficiaram das regras transitórias.

O sistema de benefícios do INSS registrou o desbloqueio como “Entidade Adesão Biometria Transitória”, aplicável a partir de junho de 2024.

Os descontos foram retirados diretamente das contas de aposentados e pensionistas, muitos dos quais afirmaram não ter autorizado ou conhecido as entidades envolvidas, como o Sindinapi.

Dois integrantes do alto escalão do INSS, Geovani Batista Spiecker e Alessandro Stefanutto, foram afastados após serem citados no relatório por facilitar essas liberações indevidas.

Respostas e justificativas do Sindinapi

Milton Baptista de Souza Filho, presidente do Sindinapi, também atua na Cecresp, corretora de seguros, levantando dúvidas sobre possível direcionamento de benefícios.

Em resposta às investigações, o Sindinapi afirmou ter adotado a biometria facial por iniciativa própria antes de a exigência ser oficializada pelo INSS.

“Quando o INSS, em julho de 2024, estabeleceu a exigência de biometria facial usando o modelo Dataprev, nosso sindicato já utilizava um método semelhante de validação”, informou em nota à CNN.

Além disso, o Sindinapi alega que a proteção dos direitos dos aposentados é uma “prioridade”.

Crédito Revista Oeste

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