Presidente iraniano afirma que não vai fazer qualquer acordo com os Estados Unidos enquanto houver ameaças
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que não fará negociações com os Estados Unidos (EUA) enquanto o seu país estiver sendo ameaçado. O dirigente sugeriu ao presidente Donald Trump para “fazer o que diabos você quiser”, informou a mídia estatal iraniana nesta terça-feira, 11.
Pezeshkian afirmou: “É inaceitável para nós que eles [os EUA] deem ordens e façam ameaças. Eu nem vou negociar com vocês. Façam o que diabos vocês quiserem”. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse no sábado 8 que a capital Teerã não iria se intimidar.
Irã não vai se intimidar, diz aiatolá
A fala do aiatolá referiu-se principalmente a uma declaração de Trump. O presidente dos Estados Unidos disse que enviaria uma carta pedindo ao Irã que se envolvesse em negociações sobre um novo acordo nuclear.
Ao expressar a abertura a um acordo com Teerã, Trump restabeleceu assim a campanha de “pressão máxima”. É a mesma que ele aplicou em seu primeiro mandato como presidente para isolar o Irã da economia global e reduzir suas exportações de petróleo a zero.
Em uma entrevista à Fox Business, Trump disse na semana passada que o Irã demandava um tipo de relacionamento muito direto. “Há duas maneiras de lidar com o Irã: militarmente, ou você faz um acordo para impedir que Teerã adquira armas nucleares”.
O Irã nega seu interesse em desenvolver uma arma nuclear. No entanto, o país estaria acelerando “dramaticamente” o enriquecimento de urânio para até 60% de pureza. Esse valor estaria no nível de aproximadamente 90% para armas, alertou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
🔴 O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que Trump “pode fazer o que diabos quiser”, pois o Irã não negociará sob ameaças.
— Mundo News (@Mundo__News) March 11, 2025
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O Irã vem aumentando a velocidade do seu trabalho nuclear desde 2019. O processo começou um ano depois que o então presidente Trump abandonou o pacto nuclear de Teerã de 2015 com seis potências mundiais. Ele retomou sanções sob o argumento de que o movimento estaria prejudicando a economia do país.