Irã se prepara para deixar tratado de não proliferação nuclear

“O regime sionista é o único possuidor de armas de destruição em massa na região”, disse o porta-voz iraniano Esmaeil Baghaei

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, afirmou nesta 2ª feira (16.jun.2025) que parlamentares preparam um projeto de lei que pode levar Teerã a sair do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear). Conforme reportado pela Reuters, Baghaei reiterou o posicionamento do Teerã contra o desenvolvimento de armamento nuclear.

 “À luz dos recentes acontecimentos, tomaremos uma decisão apropriada. O governo tem que fazer cumprir os projetos de lei do Parlamento, mas essa proposta está apenas sendo preparada e nós a coordenaremos nos estágios posteriores com o Parlamento”, declarou ele sobre a possível saída do TNP, durante entrevista a jornalistas.

O TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear) foi ratificado por autoridades iranianas em 1970. O pacto assegura aos países o direito de buscar energia nuclear civil. Como contrapartida, são exigidas a renúncia a armas atômicas e a cooperação com o órgão de vigilância nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas), a AIEA (Agência internacional de Energia Atômica.

Israel deu início aos bombardeios no Irã na 5ª feira (!2.jun), madrugada de 6ª feira (13.jun) pelo horário local, sob a justificativa que Teerã estava no processo de construir uma arma nuclear. O Irã sempre manteve o discurso de que seu programa nuclear não é agressivo, embora a AIEA tenha declarado na semana passada que o programa violava suas obrigações com o TNP.

Segundo Baghaei, ações como o ataque israelense “afetam naturalmente as decisões estratégicas do Estado”. O porta-voz observou que a ofensiva de Israel veio depois da resolução da AIEA, que ele avaliou como culpada pelo incidente.

“Aqueles que votaram a favor da resolução prepararam o terreno para o ataque”, afirmou.

Israel, que jamais assinou o TNP, é reconhecido por nações da região como possuidor de um arsenal nuclear, embora mantenha uma postura de não confirmar nem negar.

“O regime sionista é o único possuidor de armas de destruição em massa na região”, disse Baghaei.

Crédito Poder360

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